quarta-feira, 20 de abril de 2016

O trabalho do verdadeiro proclamador da Palavra.


II Coríntios 4.1-7

Meus amados companheiros:

Sempre é salutar examinar a Palavra de Deus para sabermos sobre o que ela nos diz, nos orienta, nos ensina.

O texto acima fala sobre o trabalho do evangelista, a utilização de métodos na evangelização e a necessidades da presença discreta do proclamador da mensagem. Leiamos, pois o texto acima.

Neste texto, entendo que Paulo está envolvido em uma descrição de sua pessoa e de sua obra, substanciando a sua autoridade apostólica e apresentando a sua metodologia. Fala-se muito hoje me ‘métodos de crescimento de igrejas’, mas será que estes métodos mirabolantes estão em total acordo com a Palavra de Deus ou apenas em métodos de homens e alicerçados em paradigmas desenfreados?

Neste texto acima mencionado, essa descrição é apresentada não como sendo uma faceta peculiar de sua personalidade, de caráter efêmero e temporal, mas como instrução mesmo. O desejo de Paulo é que os integrantes daquela igreja aprendessem com sua mensagem e método a definir as prioridades e a discernir o que deveria ou não ser aplicado. Senão vejamos.

Nesse sentido, ele inicia apresentando a primeira de duas realidades quer iria expor, e intercaladas por dois grupos de ações ou atitudes esperadas dos crentes, como consequência da reflexão sobre as realidades apresentadas.

A primeira realidade está no versículo 1. Ali lemos que o trabalho cristão não ocorre sem problemas. O ministério de Paulo era uma dádiva de Deus, segundo as suas misericórdias. Este ponto já substancia a origem do ministério e a situação do mensageiro: não vem em função das qualificações do pregador e muito menos de qualquer apelo à bondade ou justiça pessoal, mas unicamente pelas misericórdias de Deus. A execução desse ministério, de origem divina, não havia sido nem era fácil. Paulo diz que ele não desfaleceu. Isso é uma indicação que por vezes esteve prestes a passar por tal situação, talvez em função da grande rejeição de sua mensagem, como lemos nos versículos 3 e 4, mas, no conjunto final, foi sustentado pela graça de Deus.  

Com essa convicção, de que o ministério procede de Deus e que este mesmo Deus sustenta, Paulo passa a enumerar o primeiro grupo de atitudes que estavam presentes em sua vida e que devem estar presentes na vida do evangelista fiel. Essas atitudes estão todas contidas no versículo 2 e são, vejamos:

a)   A rejeição do mal explicito. Paulo as chama de “coisas vergonhosas”. São questões e situações tão evidentes que até no conceito dos descrentes são identificadas como questões erradas e pecaminosas. Tais coisas não têm lugar na vida do mensageiro de Deus, pois elas são incompatíveis com a mensagem e agem, na realidade, de forma prejudicial ao evangelho.
b)  A não utilização da astúcia. Paulo vai além e indica que o evangelista fiel não apenas rejeita as coisas claramente erradas, mas também evita aquelas situações sutis, que podem ser alvo de dupla interpretação, que não espelham transparência – isto é: as artimanhas, os truques, o enganar a alguém, ou o fazer qualquer obra com vistas a resultados sem considerar a correção das ações, não devem fazer parte da metodologia do servo fiel. Este é um ponto mais desrespeitados na cena contemporânea da transmissão da mensagem. E isso também acontece em nosso meio. Em função de uma falsa compreensão do que seja a conversão – ela não é considerada um milagre da parte de Deus, mas também apenas a eficaz aplicação de técnicas humanas de persuasão psicológica – procurar-se não se “perder tempo”, não se deixar “as oportunidades fugir”. Assim, muitos pensam a ter uma visão pragmática da pregação, onde o “vale tudo” tem toda a ênfase, desde que supostos resultados sejam alcançados. Por isso em nossas igrejas locais espalhadas por aí afora, estão cheias de pessoas vazias, incluindo pastores, que nunca “nasceram de novo”, nunca tiveram suas vidas transformadas milagrosamente e, em razão disso, pensam que estão salvas, mas que na realidade, podem estar caminhando recreativamente para o inferno. Esta é uma realidade triste, mas é uma realidade.
c)   O não adulterar a Palavra de Deus. A versão corrigidas de Almeida traz não falsificar, o que também é uma tradução veraz do texto original. Apesar de termos aqui uma situação paralela à anterior, o significado é expandido. O termo significa, na realidade, utilizar isca de peixe. É interessante que a Palavra de Deus compara o pregar e a conversão à uma pescaria, mas é a pesca com redes e não com anzol e iscas: os peixes são compelidos a vir ao pescador, não enganados com uma falsa refeição, que é o que ocorre no caso da isca e do anzol. Prestemos muito bem a devida atenção sobre este fato, esta estratégia pode ser muitas das vezes enganosa.
d)  O confiar que a consciência das pessoas será atingida pela manifestação da verdade. Para Paulo, o mal explícito era impensável e as artimanhas, as iscas, as astúcias, ou até mesmo o adulterar da Palavra, era inconcebível e desnecessário. Isso ocorria exatamente porque a sua confiança estava não nos métodos falíveis humanos, mas na certeza, dada por Deus, de que a manifestação da verdade atingiria os propósitos divinos. Daí o seu zelo e atenção dada ao conteúdo. A transmissão tinha de ser das verdades de Deus e nada mais que isso. Apernas isso. Nada de astúcias e de métodos humanos. Muitos falsos mestres de hoje afirmam que suas doutrinas são baseadas na Palavra de Deus, mas tais mestres usam a Palavra de maneira enganosa. Podemos provar qualquer coisa pela Bíblia, distorcendo as Escrituras fora do contexto e rejeitando o testemunho da própria consciência. A Bíblia é uma obra literária, sobre a qual devem ser aplicadas as regras fundamentais de interpretação. Se as pessoas tratassem outros livros da maneira como tratam a Bíblia, jamais aprenderiam coisa alguma.   

Por que os falsos mestres eram tão bem-sucedidos em granjear convertidos? Porque Satanás cega a mente do pecador, e o ser humano decaído tem mais facilidade em acreditar em mentiras do que crer na verdade. Vejam II Coríntios 4. 3-4 lendo o texto com bastante atenção. O mais triste é que Satanás usa mestres religiosos para enganar as pessoas. Muitos dos que hoje pertencem a seitas eram membros de igrejas cristãs, sabíamos disso?

Nos versículos 3 e 4 Paulo apresenta uma segunda realidade. Ela é: o evangelho sempre será encoberto aos que se perdem. Cabe ao evangelista a execução fiel de sua tarefa e a apresentação cuidadosa da mensagem, descansando os resultados nas mãos de Deus. Longe de ser uma razão de desespero ou de impotência, essa constatação nos leva a uma atitude de ação de graças, pois o posto é igualmente verdade: o evangelho é para todos, mas aos que há de ser salvos, o evangelho fará sentido e provocará resposta positiva. É muito importante, então, essa nossa compreensão: quando o Espírito Santo opera na vida do homem, a graça de Deus o atraia e ele vem para os braços do Senhor. Foi assim que aconteceu comigo!  

Finalmente, nos versículos 5 a 7, temos o segundo grupo de atitudes. O que fazemos, perante a realidade da constante rejeição do Evangelho? Desesperamos? Ficamos sentados, de braços cruzados, aguardando Deus realizar a obra? Ou será que vamos atrás de métodos pragmáticos, humanos? Ou procuramos nos autopromover? Não! Paulo nos aconselha a fazermos assim, mas ele nos instrui a:

a)   Tirarmos toda ênfase de nossas pessoas. No versículo 5 ele reafirma: “não pregamos a nós mesmos”. Contrariamente à autopromoção tão frequentemente observada hoje por aí afora, nos dias de hoje. Paulo coloca-se na retaguarda da mensagem, não canalizando as atenções para si.
b)  Ainda no versículo 5, Paulo admoesta que devemos pregar simplesmente a Cristo Jesus como Senhor. Não há necessidade de acrescemos nada à simples mensagem do Evangelho – se é que estamos pregando o Evangelho mesmo ou simplesmente apontamentos sociológicos e psicológicos. E o verdadeiro evangelho é a pregação da pessoa de Cristo Jesus e este crucificado.  
c)   Confiar em Deus fará resplandecer luz das trevas (v. 6). Reafirmando a confiança na manifestação da verdade, anteriormente já expressa.
d)  Estarmos consciente de nossa fragilidade. No versículo 7, Paulo classifica a si mesmo, e a nós outros, como “vasos de barro”. Somos "vasos de barro" para que Deus nos use. Somos "vasos de barro" para que possamos depender do poder de Deus, não das nossos forças pessoais. Paulo passa à humildade do "vaso de barro"; é o tesouro dentro do vaso que lhe dá seu valor! Assim sendo temos que atribuir o poder conversor de Deus e não na nossa inteligência, metodologia ou sistema.

Por fim, esta apresentação lúcida de Paulo deve nos levar à uma reflexão profunda sobre a forma de apresentação das verdades divinas.

Eu vos pergunto: como estamos manuseando a mensagem de Deus? Estamos direcionando as atenções dos homens a Cristo, ou a nossa própria pessoa? Estamos confiando no poder de Deus e de Sua Palavra, para a conversão das pessoas perdidas e para a construção do Seu Reino?

Só você e eu, pudemos dar estas respostas com bastante sinceridade diante do Senhor nosso Deus!

Que Ele nos abençoe, ricamente.

Pr. Barbosa Neto  


Fortaleza – CE.               

EVANGELISMO BÍBLICO



Muitas pessoas que ouvem o Evangelho bíblico tem dificuldades de fazer uma decisão real por Jesus, porque muitos pregadores não estão sabendo aplicar o chamado eficaz em suas mensagens, todos elas, mormente as especificamente evangelísticas.

Muitos dizem, simplesmente, no final de suas mensagens uma frase completamente esdrúxula e sem total apoio bíblico:

Aqueles que querem aceitar Jesus como Salvador, levantem suas mãos com um sinal, para que possamos orar por elas – por você”.

Isso nunca foi e nem jamais será um verdadeiro apelo evangelístico.

Muitas pessoas não entregam suas vidas a Jesus, porque geralmente elas tem uma ideia que já tem Jesus... E muitas ficam confusas e não se sentem na necessidade de fazer uma decisão correta por Jesus, por pensarem que já tem Jesus.  E diante disso, não adianta insistir, ou apelar exageradamente, que elas não irão compreender. Vivemos numa cultura alicerçada no catolicismo romano, e não podemos nos esquecer disso. Vezes há que esta cultura é tão forte que, mesmo que a pessoa não frequente assiduamente os rituais do catolicismo romano, esta cultura lhe tão impregnada em todo o seu ser, que ela pode até mesmo estar fisicamente afastada dos rituais do catolicismo, mas o catolicismo está com raízes profundas dentro de si mesma. É muito difícil uma pessoa se desvencilhar do catolicismo romano, e muitas vezes pensamos que isso é muito fácil. Nada mais ilusório. Somente a graça de Deus nos arranca do império das trevas. Somente o arrependimento desta vida pregressa, esta mudança de rumo, mudança de direção e mudança de atitude, até da fé, pode levar a pessoa humana ao pé da cruz. E muitas das nossas mensagens, não mencionamos nada, absolutamente nada sobre arrependimento e fé. Noutra oportunidade falaremos sobre os detalhes do arrependimento e da fé, indispensáveis a salvação.

Por isso pregue a Cristo e este crucificado. Esclareça o que é o verdadeiro Evangelho, qual a resposta que ele exige e o que significa ser um cristão. Assegure-se de que as pessoas saibam que Deus é o nosso criador santo e justo; que todos nós pecamos contra Ele, ofendendo o seu caráter santo, alienando-nos Dele e nos expondo à sua ira justa; que Deus enviou Cristo para sofrer a morte que merecíamos por nossos pecados; que a morte e ressureição de Cristo são o único caminho para sermos reconciliados com o Deus verdadeiro; que devemos responder a estas boas-novas por arrepender-nos de nossos pecados, mudarmos nosso rumo, nossa direção e nossa atitude e crer (fé) no Evangelho, se queremos ser perdoados por Deus, reconciliados com Ele e salvos da ira vindoura. Assegure-se de que as pessoas saibam que têm de preservar em um estilo de vida de arrependimento e fé, constante, demonstrando um amor crescente e um viver santo que comprove serem discípulos de Cristo. (João 15.8; Mateus 7.125-23; I Tessalonicenses 3.1213; I João 3.14; 4.8).

Quando o apóstolo Paulo diz “Aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou” (Romanos 8.30), indica que o chamado é um ato de Deus. De fato, é especialmente um ato de Deus Pai, porque Ele é o único que predestina as pessoas “para serem conforme à imagem de seu Filho” (Romanos 8.29). Outros versículos descrevem mais plenamente o que é chamado que os teólogos chamam de eficaz.

Quando Deus chama as pessoas dessa maneira poderosa, Ele as chama “das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pedro 2.9); Ele as chama “à comunhão de seu Filho” (I Coríntios 1.9; Atos 2.39) e “para o seu reino e glória” (I Tessalonicenses 2.12; I Pedro 5.10; II Pedro 1.3). As pessoas são chamadas por Deus “para ser de Jesus Cristo” (Romanos 1.5). Elas são chamadas para “ser santo” (Romanos 1.7; I Coríntios 1.2) e chegam ao reino de paz (I Coríntios 7.15; Colossenses 3.15), a liberdade (Gálatas 5.13), a esperança (Efésios 1.18; 4.4), a santificação (I Tessalonicenses 4.7) a tolerância paciente no sofrimento (I Pedro 2.20-21; 3.9) e a vida eterna (I Timóteo 6.12).

Este chamado tem a faculdade de nos tirar do reino das trevas e nos conduzir ao reino de Deus para que tomemos parte na plena comunhão com Ele: “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor (I Coríntios 1.9).

Essa poderosa ação de Deus é frequentemente referida como chamada eficaz para distingui-la do convite geral do evangelho que é para todas as pessoas, das quais algumas o rejeitam. Isso não quer dizer que a proclamação humana do evangelho não está envolvida. De fato, o chamado eficaz de Deus vem através da pregação humana do evangelho, por causa do que Paulo diz: “Para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo” (II Tessalonicenses 2.14). Naturalmente, muitos que que ouvem o chamado geral da mensagem do evangelho e não respondem. Mas em alguns casos o chamado do evangelho é feito de forma tão eficaz pela obra do Espírito Santo no coração das pessoas que elas respondem; podemos dizer que elas receberam o chamado eficaz, o qual é um ato de Deus Pai, falando através da proclamação humana do evangelho, pelo qual Ele convoca as pessoas para Si mesmo de tal modo que elas respondem com fé salvífica.

É importante da nossa parte não dar a impressão de que as pessoas serão salvas pelo poder deste chamado à parte da resposta voluntária delas próprias ao evangelho – arrependimento e fé pessoais necessários a conversão. Embora seja verdadeiro que o chamado eficaz desperta e produz uma resposta da nossa parte, devemos sempre insistir que essa resposta ainda tem de ser voluntária e deliberada, pela qual o indivíduo coloca sua confiança em Cristo.

É por isso que a oração é tão importante na evangelização eficaz. A não ser que Deus trabalhe no coração das pessoas para tornar a proclamação do evangelho eficaz, não haverá resposta salvífica genuína. Jesus diz: “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer” João 6.44). Não nos esqueçamos disso.

Na pregação humana do evangelho, três elementos importantes devem ser incluídos.

Qualquer pessoa que precisa vir a Cristo para receber salvação deve ter um entendimento clarobásico de quem Ele é e de como satisfaz nossas necessidades de salvação. Portanto uma explicação clara dos fatos concernente a salvação deve incluir o seguinte na hora do apelo salvífico, na hora do apelo:  

1.  Todas as pessoas pecaram (Romanos 3.23)  
2.  A pena pelos pecados é a morte (Romanos 5.23)
3.  Jesus Cristo morreu para pagar a pena pelos nosso pecados (Romanos 5.8).

Entretanto, entender esses fato e mesmo concordar que eles são verdadeiros não é suficiente para uma pessoa ser salva. Tem de haver também um convite para uma resposta pessoal da parte do indivíduo, que se arrepende de seus pecados e confiará pessoalmente me Cristo.

Este chamado eficaz é feito ao pecador para aceitar o Evangelho. A seguintes passagens da Bíblia provam à saciedade que há uma chamada neste sentido: “Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho (mudança de rumo) e viva” (Ezequiel 22.11); “Deixe o perversos o seu caminho (mudança de rumo) o iníquo os seus pensamentos (mudança de mente); converta-se ao Senhor (mudança de direção) que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus (mudança de atitude), porque é rico em perdoar” (Isaías 55.7); “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28); “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15); “E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esse também glorificou” (Romanos 8. 30); “O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” (Apocalipse 22.17) e muitas outras passagens que poderíamos citar. Vê-se distintamente nestas passagens que a chamada ao arrependimento é universal e sem distinção de classes ou de raças. Deus chama todos ao arrependimento.      
           
É importante deixar claro que essas não são apenas palavras pronunciadas há muito tempo por um líder religioso do passado. Todo não cristão ao ouvir essas palavras deve sentir-se encorajado a pensar nelas como palavras que Jesus agora mesmo, bem neste momento, está falando a ele individualmente. Jesus Cristo é um Salvador que está agora VIVO NO CÉU, esta é a diferente do Jesus que a pessoa não conhece, e todo não cristão deve pensar em Jesus como falando diretamente a ele, dizendo: “Vinde a mim... e encontrareis descanso” (Mateus 1.28). Esse é o convite pessoal genuíno que espera uma reposta pessoal de cada um que recebe.

João também fala a respeito da necessidade da resposta pessoal quando diz: “Veio para o que era seu, e os sus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feito filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome” (João 1.11-12).

Ao enfatizar a necessidade de “receber” a Cristo, João também aponta a necessidade de uma resposta individual.

Àqueles dentro de uma igreja morna que não percebem sua cegueira espiritual o Senhor Jesus faz novamente um convite que espera uma resposta pessoal: “Eis que estou á porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”. Apocalipse 3.20).

Mas o que está envolvido em ir a Cristo?  Se formos a Cristo e confiarmos Nele para que nos salve de nossos pecados, não podemos mais apegar-nos ao pecado, mas devemos de boa vontade renunciá-lo em genuíno arrependimento. É interessante observarmos que em alguns casos nas Escrituras, tanto o arrependimento quanto a fé são mencionados juntos como se referindo à conversão inicial de alguém. O apóstolo Paulo disse que ele gastou seu tempo “testificando tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus (Cristo)” (Atos 20.21).

Mas outras vezes apenas o arrependimento dos pecados é mencionado e a fé salvífica é pressuposta como fator preponderante “e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações” (Lucas 24.47; Atos 2.37-38; 3.19; 5.31; 17.30; Romanos 2.4; II Coríntios 7.10). 

Portanto, qualquer proclamação genuína do Evangelho deve  incluir um convite para uma decisão consciente de renunciar aos próprios pecados e de ir a Cristo com fé, pedindo perdão pelos pecados. Se a necessidade de arrependimento dos pecados ou de confiar em Cristo para receber perdão é negligenciado, isto é, quando as nossas mensagens de proclamação do Evangelho, arrependimento e fé não são mencionados, então não há uma proclamação do Evangelho plena e verdadeira. E isso, ultimamente, anda muito ‘esquecido’ em nossos púlpitos, nos últimos tempos, por isso não temos tido conversões verdadeiras, mas apenas adesões...  

Mas, o que se promete aos que vão a Cristo, entregam suas vidas? Uma promessa de perdão e vida eterna. Embora as palavras do convite pessoal pronunciadas por Cristo contenham promessas de descanso e poder para nos tornarmos filhos de Deus, além das promessas de compartilhamento da água da vida, é bom deixar claro o  que Cristo promete aos que se achegam a Ele com arrependimento e fé.

A principal promessa na mensagem do Evangelho é o perdão dos pecados e a vida eterna com Deus. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o eu Nele crê não pereça, mas tenha vida eterna(João 3.16). E também Pedro ao pregar o Evangelho diz: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem canceladas os vossos pecados” (Atos 3.19; 2.38).

Aliada à promessa de perdão e vida eterna deve estar a garantia de que Cristo aceitará todo aquele que se achega a Ele com arrependimento sincero e fé buscando a salvação. “E o que vem a mim, de modo nenhuma o lançarei fora” João 6.37).

Saibamos, pois, que precisamos receber a Cristo como Senhor e Salvador, através de um convite pessoal.

Só então poderemos conhecer e experimentar o amor e o Plano de Deus para nossa vida.

1º precisamos receber a Cristo (João 1.12)
2º recebemos Cristo pela fé (Efésios 2:8, 9)
3º recebemos Cristo por meio de um convite pessoal (Apocalipse 3:20)

Jesus veio para pregar uma Palavra de ARREPENDIMENTO, veio constranger o pecado e promover um desejo de mudança de mente. Receber a Cristo implica em arrependimento, significa deixar de confiar em nossa capacidade para nos salvar, crendo que Cristo é o único que pode perdoar nossos pecados. Apenas saber que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que morreu na cruz pelos nossos pecados, não é suficiente. É necessário receber a Cristo pela fé, por meio de uma decisão pessoal.

Num sermão ou pregação, é através do apelo que aplicamos a pregação à vida do ouvinte. Após a mensagem devemos fazer uma conclusão, que tem por finalidade resumir a mensagem em poucas palavras e fazer um apelo para que os ouvintes aceitem as verdades apresentadas. Assim tem duas partes, que são:

1). Um resumo das ideias (ou pontos) principais e o pronunciamento da sua ideia central.
2). Um apelo que liga as verdades apresentadas com a situação em que os ouvintes se acham, para que aceitem o seu propósito.

É o cume do processo que começou na introdução quando foi apresentada a necessidade ou razão pela qual os ouvintes deveriam prestar toda a sua atenção na mensagem.

Nesta fase (do apelo) mostramos as vantagens de seguir o curso de ação apresentado e os perigos de rejeitar ou deixar isso para mais tarde.

O apelo deve ser breve para ser FORTE, CLARO, e POSITIVO. É a impressão dessas últimas palavras da mensagem que os ouvintes vão levar para casa.

Por isso concluímos convidando os ouvintes a reconhecerem sua condição de pecadores, para que o objetivo da cruz se concretize na vida de cada um daqueles que tiverem se rendido ao evangelho.

Oração de apelo:

Deus conhece seu coração e está mais interessado na atitude do seu coração do que em suas palavras. A oração seguinte serve como exemplo:

"Senhor Jesus, eu reconheço que preciso de Ti, daquilo que Tu fizestes na cruz do calvário em meu favor, como meu substituto. Eu Te agradeço por ter morrido na cruz pelos meus pecados. Eu me arrependo de todos os meus pecados, resoluto a abandonar minha vida de outrora  e reconheço que sou um pecador, carente da graça de deus. Abro a porta da minha vida e Te recebo, pela fé, como meu Salvador e Senhor. Obrigado por perdoar os meus pecados e me dar a garantia de vida eterna. Toma conta da minha vida em Tuas mãos e faça de mim o tipo de pessoa que desejas que eu seja. Ajuda-me a Te seguir com firmeza os Teus passos nesta nova caminha de minha vida"

Esta oração expressa o desejo do seu coração?

Se for assim, se você fez esta oração com sinceridade por ter se arrependido de seus pecados e desejo de entregar  sua vida agora mesmo a Cristo, Ele entrará em sua vida, como prometeu. Se você fez esta oração, confiando no Senhor, venha aqui à frente, que queremos orar por você.

É assim que devemos proceder para que haja impacto salvador na vida das pessoas.

Façamos isso, esta é a nossa parte, e o Senhor, com certeza, fará a Dele.

Deus nos abençoe, ricamente.

Falaremos, depois, noutra oportunidade, sobre arrependimento e fé.


Pr. Barbosa Neto