Muitas
pessoas que ouvem o Evangelho bíblico tem dificuldades de fazer uma decisão
real por Jesus, porque muitos pregadores não estão sabendo aplicar o chamado
eficaz em suas mensagens, todos elas, mormente as especificamente
evangelísticas.
Muitos
dizem, simplesmente, no final de suas mensagens uma frase completamente
esdrúxula e sem total apoio bíblico:
“Aqueles que querem aceitar Jesus como Salvador, levantem
suas mãos com um sinal, para que possamos orar por elas – por você”.
Isso nunca foi e nem jamais será um verdadeiro apelo
evangelístico.
Muitas pessoas não entregam suas vidas a Jesus, porque geralmente
elas tem uma ideia que já tem Jesus... E muitas ficam confusas e não se sentem
na necessidade de fazer uma decisão correta por Jesus, por pensarem que já tem
Jesus. E diante disso, não adianta insistir, ou apelar exageradamente,
que elas não irão compreender. Vivemos numa cultura alicerçada no catolicismo
romano, e não podemos nos esquecer disso. Vezes há que esta cultura é tão forte
que, mesmo que a pessoa não frequente assiduamente os rituais do catolicismo
romano, esta cultura lhe tão impregnada em todo o seu ser, que ela pode até
mesmo estar fisicamente afastada dos rituais do catolicismo, mas o catolicismo
está com raízes profundas dentro de si mesma. É muito difícil uma pessoa se
desvencilhar do catolicismo romano, e muitas vezes pensamos que isso é muito
fácil. Nada mais ilusório. Somente a graça de Deus nos arranca do império das
trevas. Somente o arrependimento desta vida pregressa, esta mudança de rumo,
mudança de direção e mudança de atitude, até da fé, pode levar a pessoa humana
ao pé da cruz. E muitas das nossas mensagens, não mencionamos nada,
absolutamente nada sobre arrependimento e fé. Noutra oportunidade falaremos
sobre os detalhes do arrependimento e da fé, indispensáveis a salvação.
Por isso pregue a Cristo e este crucificado. Esclareça o que é o
verdadeiro Evangelho, qual a resposta que ele exige e o que significa ser um
cristão. Assegure-se de que as pessoas saibam que Deus é o nosso criador santo
e justo; que todos nós pecamos contra Ele, ofendendo o seu caráter santo,
alienando-nos Dele e nos expondo à sua ira justa; que Deus enviou Cristo para
sofrer a morte que merecíamos por nossos pecados; que a morte e ressureição de
Cristo são o único caminho para sermos reconciliados com o Deus verdadeiro; que
devemos responder a estas boas-novas por arrepender-nos de nossos pecados,
mudarmos nosso rumo, nossa direção e nossa atitude e crer (fé) no Evangelho, se
queremos ser perdoados por Deus, reconciliados com Ele e salvos da ira
vindoura. Assegure-se de que as pessoas saibam que têm de preservar em um
estilo de vida de arrependimento e fé, constante, demonstrando um amor
crescente e um viver santo que comprove serem discípulos de Cristo. (João 15.8;
Mateus 7.125-23; I Tessalonicenses 3.1213; I João 3.14; 4.8).
Quando o apóstolo Paulo diz “Aos que predestinou, a esses
também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou” (Romanos 8.30),
indica que o chamado é um ato de Deus. De fato, é especialmente um ato de Deus
Pai, porque Ele é o único que predestina as pessoas “para serem conforme à
imagem de seu Filho” (Romanos 8.29). Outros versículos descrevem mais
plenamente o que é chamado que os teólogos chamam de eficaz.
Quando Deus chama as pessoas dessa maneira poderosa, Ele as chama
“das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pedro 2.9); Ele as chama “à
comunhão de seu Filho” (I Coríntios 1.9; Atos 2.39) e “para o seu reino
e glória” (I Tessalonicenses 2.12; I Pedro 5.10; II Pedro 1.3). As pessoas
são chamadas por Deus “para ser de Jesus Cristo” (Romanos 1.5). Elas são
chamadas para “ser santo” (Romanos 1.7; I Coríntios 1.2) e chegam ao
reino de paz (I Coríntios 7.15; Colossenses 3.15), a liberdade (Gálatas 5.13),
a esperança (Efésios 1.18; 4.4), a santificação (I Tessalonicenses 4.7) a
tolerância paciente no sofrimento (I Pedro 2.20-21; 3.9) e a vida eterna (I
Timóteo 6.12).
Este chamado tem a faculdade de nos tirar do reino das trevas e
nos conduzir ao reino de Deus para que tomemos parte na plena comunhão com Ele:
“Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus
Cristo, nosso Senhor (I Coríntios 1.9).
Essa poderosa ação de Deus é frequentemente referida como chamada
eficaz para distingui-la do convite geral do evangelho que é para todas as
pessoas, das quais algumas o rejeitam. Isso não quer dizer que a proclamação
humana do evangelho não está envolvida. De fato, o chamado eficaz de Deus vem através
da pregação humana do evangelho, por causa do que Paulo diz: “Para o que
também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória
de nosso Senhor Jesus Cristo” (II Tessalonicenses 2.14). Naturalmente,
muitos que que ouvem o chamado geral da mensagem do evangelho e não respondem.
Mas em alguns casos o chamado do evangelho é feito de forma tão eficaz
pela obra do Espírito Santo no coração das pessoas que elas respondem; podemos
dizer que elas receberam o chamado eficaz, o qual é um ato de Deus Pai,
falando através da proclamação humana do evangelho, pelo qual Ele convoca as
pessoas para Si mesmo de tal modo que elas respondem com fé salvífica.
É importante da nossa parte não dar a impressão de que as pessoas
serão salvas pelo poder deste chamado à parte da resposta voluntária
delas próprias ao evangelho – arrependimento e fé pessoais necessários a
conversão. Embora seja verdadeiro que o chamado eficaz desperta e produz uma
resposta da nossa parte, devemos sempre insistir que essa resposta ainda tem de
ser voluntária e deliberada, pela qual o indivíduo coloca sua confiança em
Cristo.
É por isso que a oração é tão importante na evangelização eficaz.
A não ser que Deus trabalhe no coração das pessoas para tornar a proclamação do
evangelho eficaz, não haverá resposta salvífica genuína. Jesus diz: “Ninguém
pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer” João 6.44). Não nos
esqueçamos disso.
Na pregação humana do evangelho, três elementos importantes devem
ser incluídos.
Qualquer pessoa que precisa vir a Cristo para receber salvação
deve ter um entendimento claro e básico de quem Ele é e de
como satisfaz nossas necessidades de salvação. Portanto uma explicação clara
dos fatos concernente a salvação deve incluir o seguinte na hora do
apelo salvífico, na hora do apelo:
1.
Todas as pessoas pecaram (Romanos 3.23)
2.
A
pena pelos pecados é a morte (Romanos 5.23)
3.
Jesus
Cristo morreu para pagar a pena pelos nosso pecados (Romanos 5.8).
Entretanto,
entender esses fato e mesmo concordar que eles são verdadeiros não é suficiente
para uma pessoa ser salva. Tem de haver também um convite para uma resposta
pessoal da parte do indivíduo, que se arrepende de seus pecados e confiará
pessoalmente me Cristo.
Este chamado eficaz é feito ao pecador para aceitar o Evangelho. A
seguintes passagens da Bíblia provam à saciedade que há uma chamada neste
sentido: “Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na
morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho
(mudança de rumo) e viva” (Ezequiel 22.11); “Deixe o perversos o seu
caminho (mudança de rumo) o iníquo os seus pensamentos (mudança de
mente); converta-se ao Senhor (mudança de direção) que se compadecerá
dele, e volte-se para o nosso Deus (mudança de atitude), porque é rico
em perdoar” (Isaías 55.7); “Vinde a mim, todos os que estais cansados e
sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28); “Ide por todo o
mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15); “E aos que
predestinou, a esses também chamou; e aos chamou, a esses também justificou; e
aos que justificou, a esse também glorificou” (Romanos 8. 30); “O
Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede
venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” (Apocalipse 22.17) e
muitas outras passagens que poderíamos citar. Vê-se distintamente nestas
passagens que a chamada ao arrependimento é universal e sem distinção de
classes ou de raças. Deus chama todos ao arrependimento.
É
importante deixar claro que essas não são apenas palavras pronunciadas há muito
tempo por um líder religioso do passado. Todo não cristão ao ouvir essas
palavras deve sentir-se encorajado a pensar nelas como palavras que Jesus agora
mesmo, bem neste momento, está falando a ele individualmente. Jesus
Cristo é um Salvador que está agora VIVO NO CÉU, esta é a diferente do
Jesus que a pessoa não conhece, e todo não cristão deve pensar em Jesus como
falando diretamente a ele, dizendo: “Vinde a mim... e encontrareis
descanso” (Mateus 1.28). Esse é o convite pessoal genuíno que espera uma
reposta pessoal de cada um que recebe.
João
também fala a respeito da necessidade da resposta pessoal quando diz: “Veio
para o que era seu, e os sus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam,
deu-lhes o poder de serem feito filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu
nome” (João 1.11-12).
Ao
enfatizar a necessidade de “receber” a Cristo, João também aponta a necessidade
de uma resposta individual.
Àqueles
dentro de uma igreja morna que não percebem sua cegueira espiritual o Senhor
Jesus faz novamente um convite que espera uma resposta pessoal: “Eis que
estou á porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em
sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”. Apocalipse 3.20).
Mas
o que está envolvido em ir a Cristo? Se formos a Cristo e confiarmos Nele
para que nos salve de nossos pecados, não podemos mais apegar-nos ao pecado,
mas devemos de boa vontade renunciá-lo em genuíno arrependimento. É
interessante observarmos que em alguns casos nas Escrituras, tanto o
arrependimento quanto a fé são mencionados juntos como se referindo à conversão
inicial de alguém. O apóstolo Paulo disse que ele gastou seu tempo “testificando
tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso
Senhor Jesus (Cristo)” (Atos 20.21).
Mas
outras vezes apenas o arrependimento dos pecados é mencionado e a fé salvífica
é pressuposta como fator preponderante “e que em seu nome se pregasse arrependimento
para remissão de pecados a todas as nações” (Lucas 24.47; Atos 2.37-38; 3.19;
5.31; 17.30; Romanos 2.4; II Coríntios 7.10).
Portanto, qualquer proclamação genuína do Evangelho deve incluir um convite para uma decisão consciente de renunciar aos próprios pecados e de ir a Cristo com fé, pedindo perdão pelos pecados. Se a necessidade de arrependimento dos pecados ou de confiar em Cristo para receber perdão é negligenciado, isto é, quando as nossas mensagens de proclamação do Evangelho, arrependimento e fé não são mencionados, então não há uma proclamação do Evangelho plena e verdadeira. E isso, ultimamente, anda muito ‘esquecido’ em nossos púlpitos, nos últimos tempos, por isso não temos tido conversões verdadeiras, mas apenas adesões...
Portanto, qualquer proclamação genuína do Evangelho deve incluir um convite para uma decisão consciente de renunciar aos próprios pecados e de ir a Cristo com fé, pedindo perdão pelos pecados. Se a necessidade de arrependimento dos pecados ou de confiar em Cristo para receber perdão é negligenciado, isto é, quando as nossas mensagens de proclamação do Evangelho, arrependimento e fé não são mencionados, então não há uma proclamação do Evangelho plena e verdadeira. E isso, ultimamente, anda muito ‘esquecido’ em nossos púlpitos, nos últimos tempos, por isso não temos tido conversões verdadeiras, mas apenas adesões...
Mas,
o que se promete aos que vão a Cristo, entregam suas vidas? Uma promessa de
perdão e vida eterna. Embora as palavras do convite pessoal pronunciadas
por Cristo contenham promessas de descanso e poder para nos tornarmos filhos de
Deus, além das promessas de compartilhamento da água da vida, é bom deixar
claro o que Cristo promete aos que se achegam a Ele com arrependimento e
fé.
A
principal promessa na mensagem do Evangelho é o perdão dos pecados e a vida
eterna com Deus. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo o eu Nele crê não pereça, mas tenha vida
eterna” (João 3.16). E também Pedro ao pregar o Evangelho diz: “Arrependei-vos,
pois, e convertei-vos para serem canceladas os vossos pecados” (Atos 3.19;
2.38).
Aliada à promessa de perdão e vida eterna deve estar a garantia de que Cristo aceitará
todo aquele que se achega a Ele com arrependimento sincero e fé buscando a
salvação. “E o que vem a mim, de modo nenhuma o lançarei fora” João
6.37).
Saibamos, pois, que precisamos receber a Cristo como Senhor e Salvador, através de um convite
pessoal.
Só
então poderemos conhecer e experimentar o amor e o Plano de Deus para nossa
vida.
1º
precisamos receber a Cristo (João 1.12)
2º
recebemos Cristo pela fé (Efésios 2:8, 9)
3º
recebemos Cristo por meio de um convite pessoal (Apocalipse 3:20)
Jesus
veio para pregar uma Palavra de ARREPENDIMENTO, veio constranger o
pecado e promover um desejo de mudança de mente. Receber a Cristo implica em
arrependimento, significa deixar de confiar em nossa capacidade para nos
salvar, crendo que Cristo é o único que pode perdoar nossos pecados. Apenas
saber que Jesus Cristo é o Filho de Deus e que morreu na cruz pelos nossos
pecados, não é suficiente. É necessário receber a Cristo pela fé, por
meio de uma decisão pessoal.
Num
sermão ou pregação, é através do apelo que aplicamos a pregação à vida do
ouvinte. Após a mensagem devemos fazer uma conclusão, que tem por finalidade
resumir a mensagem em poucas palavras e fazer um apelo para que os ouvintes
aceitem as verdades apresentadas. Assim tem duas partes, que são:
1).
Um resumo das ideias (ou pontos) principais e o pronunciamento da sua ideia
central.
2).
Um apelo que liga as verdades apresentadas com a situação em que os ouvintes se
acham, para que aceitem o seu propósito.
É
o cume do processo que começou na introdução quando foi apresentada a
necessidade ou razão pela qual os ouvintes deveriam prestar toda a sua atenção
na mensagem.
Nesta
fase (do apelo) mostramos as vantagens de seguir o curso de ação apresentado e
os perigos de rejeitar ou deixar isso para mais tarde.
O
apelo deve ser breve para ser FORTE, CLARO, e POSITIVO. É
a impressão dessas últimas palavras da mensagem que os ouvintes vão levar para
casa.
Por
isso concluímos convidando os ouvintes a reconhecerem sua condição de
pecadores, para que o objetivo da cruz se concretize na vida de cada um
daqueles que tiverem se rendido ao evangelho.
Oração
de apelo:
Deus
conhece seu coração e está mais interessado na atitude do seu coração do que em
suas palavras. A oração seguinte serve como exemplo:
"Senhor
Jesus, eu reconheço que preciso de Ti, daquilo que Tu fizestes na cruz do
calvário em meu favor, como meu substituto. Eu Te agradeço por ter morrido na
cruz pelos meus pecados. Eu me arrependo de todos os meus pecados, resoluto a
abandonar minha vida de outrora e reconheço que sou um pecador, carente
da graça de deus. Abro a porta da minha vida e Te recebo, pela fé, como meu
Salvador e Senhor. Obrigado por perdoar os meus pecados e me dar a garantia de
vida eterna. Toma conta da minha vida em Tuas mãos e faça de mim o tipo de
pessoa que desejas que eu seja. Ajuda-me a Te seguir com firmeza os Teus passos
nesta nova caminha de minha vida"
Esta
oração expressa o desejo do seu coração?
Se
for assim, se você fez esta oração com sinceridade por ter se arrependido de seus pecados e desejo de entregar sua vida agora mesmo a Cristo, Ele entrará em sua vida, como
prometeu. Se você fez esta oração, confiando no Senhor, venha aqui à frente, que queremos orar por você.
É
assim que devemos proceder para que haja impacto salvador na vida das pessoas.
Façamos
isso, esta é a nossa parte, e o Senhor, com certeza, fará a Dele.
Deus
nos abençoe, ricamente.
Falaremos,
depois, noutra oportunidade, sobre arrependimento e fé.
Pr. Barbosa Neto
Nenhum comentário:
Postar um comentário