Dezembro chegou! Ano que se encontra no seu final passou célere, extremamente veloz! Parece que foi ontem que estávamos descansando, em família, desfrutando o feriado do primeiro dia do ano! Muitos planos, muitos projetos!
Agora, tudo se repete. Novamente as cidades se engalam para o período natalino, praças, lojas, igrejas, indústrias, comércio, colégios e casas, se enfeitam cada um a seu modo e dependendo das suas condições e portes financeiros, com algo alusivo ao Natal. Tudo é lembrado, jantares preparados com antecedência, nos mínimos detalhes, presentes adquiridos a dedo, para as faixas etárias, árvores de Natal armadas e enfeitadas e até mesmo expostas no rall das nossas Igrejas, mormente expostas nas mais tradicionais, e, nas portas de nossas casas, não podem faltar a ‘coroa de azevinho’, a ‘bota vermelha’, e em algumas de nossas casas tidas como cristãs mais tradicionais, para satisfazer o sonho inocente de nossas crianças, de nossos filhos e netos, se afoitam a introduzir a figura dócil do ‘Papai Noel’, para o brilhantismo da ‘troca de presentes’ – ápice da nossa festa familiar, antes do já tradicionalismo ‘jantar natalino’! Tudo muito bonito, tudo muito aconchegante, tudo muito familiar, se tudo isso não fosse herético, nada tendo a ver com o Nascimento de Jesus!
Sei que mais uma vez irei chocar ou escandalizar a muitos dos nossos queridos, mas minha consciência não me permite ficar calado diante de tantas coisas pagãs que celebramos todos os anos, em nossas igrejas e em nossas casas. E muitos ficam irritados quando combatemos esta gama de rituais, que nada tem de cristãs. Em meu livro “Confissões Surpreendentes de um ex-Padre”, já na quarta edição, realço em um apêndice, dedicado a uma análise histórica sobre o Natal, e lanço a pergunta: “Natal – festa cristã ou pagã cristianizada?” Não tenho parado de receber críticas após o lançamento de meu livro, desde a sua primeira edição, sobre esta minha pergunta chocante, realçada com profunda análise bíblica e histórica. Uma das peculiaridades do cristão batista é a plena liberdade de consciência e livre acesso de cada um à Verdade revelada nas Sagradas Escrituras, a única regra de fé e prática.
O Natal, como nós o conhecemos, nunca foi celebrado desta forma pela Igreja Primitiva. Tampouco foi festejado durante os primeiros três séculos da Igreja Cristã. A razão para o natal ter se tornado um “dia santo” não diz respeito à Bíblia Sagrada. As Sagradas Escrituras não explicitam a data do nascimento de Jesus. Em nem um lugar da Bíblia somos incentivados a celebrar o Natal, como hoje ele se evidencia entre nós. O Natal que aí está não é a mesma coisa que relembrarmos o Nascimento de Jesus. Um é diametralmente diferente do outro. Examine. Pesquise. Na lembrança do Nascimento de Jesus, usamos os nossos púlpitos para relembrarmos sobre para que nasceu o Salvador. Temos nossas cantatas que relembram e realçam de forma emocionante este fato histórico que mudou o mundo. Já nas comemorações do Natal, nem mesmo o aniversariante é lembrado!...
O dia em que o Natal é celebrado e comemorado (25 de dezembro) e quase todos os costumes associados a ele, tem origem na adoração pagã de ídolos. Em meados do século IV, várias igrejas ocidentais de língua latina passaram a celebrar o Natal. Durante o século V, essa festividade se tornou um “dia santo” da Igreja Católica Romana. No ano 534 d.C, o Natal foi reconhecido feriado oficial do estado romano. A fusão com o paganismo como ‘estratégia missionária’ foi claramente revelada pelas instruções do papa Gregório Magno aos missionários no ano 601: “Pelo fato de eles – os pagãos – sacrificarem bois a demônios, alguma celebração deve lhes ser dada em troca dessa... Eles devem celebrar uma festa religiosa e adorar a Deus mediante sua celebração, de forma a manterem os prazeres externos e poderem, rapidamente, receber alegrias espirituais”. Por falta de espaço não poderemos entrar em detalhes históricos.
Mas o Natal é uma mentira ‘cristianizada’ pela Igreja de Roma. E muitos de nós sabemos disso e persistimos no incentivo ao erro. O Cristianismo é a religião da verdade. Deus não pode mentir. Toda a verdade e todo o conhecimento procedem de Deus. Jesus Cristo é “o caminho, a verdade e a vida” (João 14.6). O Espírito Santo é chamado “o Espírito da verdade” (João 167.13). O Evangelho é chamado “a palavra da verdade” (Efésios 1.13). Deus ordena: “Não dirás falso testemunho contra o próximo o teu próximo” (Êxodo 20.16). Paulo nos diz para seguirmos “a verdade em amor” (Efésios 4.15a) para que os cristãos deixem a mentira e “fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros” (Efésios 4.25). Nós, os cristãos bíblicos devemos ser sal e luz do mundo (Mateus 5.13,16), devemos testemunhar ao mundo falando e vivendo a verdade. Perguntamos: a celebração do Natal é compatível com nossa responsabilidade de falar e viver a verdade perante o mundo?
Não é verdade que Jesus nasceu no dia 25 de dezembro. Segundo a Bíblia, Jesus não nasceu nesse dia: “Ora, havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho” (Lucas 2.8). É do conhecimento público que os pastores na Palestina voltavam dos campos antes do inverno. A estação chuvosa na Judéia começa no fim de outubro ou o início de novembro. Os pastores já teriam voltado com seus rebanhos para as aldeias antes do início da estação de chuvas. Portanto, Jesus nasceu bem antes do final de outubro ou bem antes das primeiras semanas de novembro. É evidente que Jesus não nasceu no meio da estação do inverno. Mas, as Escrituras nos dizem em que estação do ano Ele nasceu? Sim, as Escrituras Sagradas indicam que Ele nasceu no outono, mas insistimos na data pagã que a Igreja de Roma ‘cristianizou’.
O ministério público de Jesus durou três anos e meio e Seu ministério teve fim no tempo da Páscoa (João 18.30), que ocorre durante a primavera. Portanto, três anos e meio marcariam o início do ministério no outono daquele ano. Quando Jesus começou seu ministério, Ele contava 30 anos de idade (Lucas 3,23). Esta era a idade para o sacerdote começar a exercer seu ministério sob o Antigo Testamento (Números 4.3).
Se você mente a respeito do nascimento de Jesus e fez vistas grossas em relação à mitologia pagã, quando você falar a seu vizinho incrédulo sobre a ressurreição de Jesus, por que ele deveria acreditar em você? Ao celebrar a festa pagã do Natal, com todos os seus símbolos pagãos, você dar margem para que seu vizinho incrédulo não creia quando você lhe falar sobre a ressurreição. Porque ele poderá dizer: “você fala e vive uma mentira acerca do nascimento de Jesus, então você não é confiável para falar a respeito da ressurreição de Jesus”. E, afora, saia dessa... A Igreja Cristã bíblica deve parar de macular a Palavra de Deus inspirada e infalível ao posicionar fantasias humanas ao lado de revelação divina. O Natal contradiz, pois, a narrativa bíblica do nascimento de Jesus! Confiram isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário