Em o Novo Testamento, a idéia da imortalidade se torna patente e concreta em Jesus Cristo. Segundo Pedro, Deus, de acordo com “a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (I Pd. 1.3), e, segundo Paulo, Jesus Cristo “destruiu a morte, como trouxe à luz a vida e a imortalidade, mediante o evangelho” (II Tm 1.10).
A ressurreição de Cristo constitui a garantia da realidade da vida futura. Esta é a razão por que Paulo sabe que a nossa casa terrestre, isto é, se este corpo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, mas casa eterna nos céus.
Para o apóstolo Paulo, o morrer não significa ser despido da vida, como parece, mas é o meio pelo qual somos absorvidos pela vida. Para nos dar a garantia deste fato ou desta realidade transcendente, Paulo declara que Deus nos preparou para isto e nos deu o penhor do Espírito.
Tão certo está o Apóstolo Paulo, que chega a afirmar: “Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor”(II Cor. 5.8). Estas palavras nos dão a medida da certeza de Paulo quanto à vida futura, pois ele sabe, pela fé, que logo após a morte estará com o Senhor, na posse do pleno gozo e no gozo da plena consciência.
A passagem de Apocalipse 21.1-8, nos mostra que, no além-túmulo, a vida com Cristo não conhecerá lágrima, nem morte, nem luto, nem pranto, nem dor. É vida de gozo, de paz e de alegria. Entretanto, o crente para gozar destas bênçãos, não precisa aguardar a morte e a vida que se lhe segue, pois a graça de Deus, já nesta vida, faz dele “nova criatura” ( II Cor. 5.17)
O crente é renascido e não deve conformar-se com este mundo (Rm 12.2), mas deve despojar-se do homem velho que se corrompe e renovar-se (Ef. 4.22-23), pois ele já se despiu do velho homem e se renovou para o conhecimento daquele que o criou (Col. 3.10).
Não é lógico – e muito menos bíblico -, que o homem interior, que se renovou pelo Espírito de Deus, deixe de existir após a morte. Que sentido teriam, para ele, a santificação e o desejo de aperfeiçoar-se espiritualmente?
Devemos dar graças a Deus por ter ele revelado, na sua Palavra, as verdades que se relacionam com a vida futura ou com a imortalidade. Sem esta revelação, ficaríamos tateando apenas nas nossas experiências limitadas, e a nossa certeza, então, seria muito relativa. Agora, não. Agora, temos a certeza que Cristo nos dá não só com o seu ensino, mas, sobretudo, com a sua vitória sobre a morte vencendo-a pela ressurreição.
E o vidente de Patmos assim nos assegura: “Eis que faço novas todas as cousas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras... Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. O vencedor herdará estas cousas, e eu o serei Deus, e ele me será por filho” (Ap. 21.5-7).
Portanto, pois, “sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”! (Ap. 2.10).
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