quarta-feira, 20 de março de 2013

O DESPERTAR E O OBEDECER PARA QUE UM MILAGRE ACONTEÇA NA SUA VIDA!


                                                Atos 12.1-17

Caríssimos companheiros:

Não sei por que razão estou sendo movido para compartilhar com aqueles que me leem neste exato momento, sobre algo que o Senhor Deus tem colocado no meu coração. Estou tão atarefado, mas tão atarefado,  que vocês nem imaginam. Mas vejam só, o Senhor Deus me inquietou, e me mandou parar com tudo que eu estava fazendo, para ouvir e escrever o que Ele estava me dizendo através de Sua Palavra, quando em um dos meus momentos devocionais matutinos. Por isso é que eu estou aqui, diante de você, para compartilhar consigo um pouco desta minha singular experiência.

Para começo de conversa, você se imaginou ser acordado de chofre por um anjo e ser despertado para um grande milagre na sua vida? Pense nisso!... Isso não é algo mirabolante, não! Aconteceu com Pedro. Está escrito! E pode acontecer também com você! Leia este texto acima, bem compassivamente e extraia para si, palavra por palavra, lições preciosas para a sua vida e preste muito bem a atenção nos verbos e nas afirmações.

Pois foi exatamente  o que aconteceu com Pedro, quando estava na prisão pela terceira vez, à espera de seu  julgamento e morte, não tenhamos dúvidas sobre isso. Interessante que anos depois, quando escreveu sua primeira epístola ele tivesse essa experiência magnífica em sua mente ao citar o Salmo 34.15-16: “  Os olhos do Senhor estão sobre os justos; e os seus ouvidos, atentos ao seu clamor. A face do Senhor está contra os que fazem o mal...”. Não tenho a menor sombra de dúvidas que essa citação resume o que Deus fez por Pedro e revela para nós, neste momento, lições maravilhosas para nos reanimar e nos conceder encorajamento em tempos difíceis.    

Em primeiro lugar, nos vv. 1-4 do nosso texto, descobrimos que Deus vê nossas tribulações!  “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos...” (I Pedro 3.12). Deus viu e atentou para o que sanguinário Herodes Agripa fazia contra seu povo. Esse homem perverso era neto de Herodes, o Grande, que havia mandado matar todas as crianças de Belém, sobrinho de Herodes Antipas, que havia ordenado a decapitação de João Batista. Família de gente dada a intrigas e a assassinatos, desprezada pelos judeus que não se submetiam e aceitavam a ideia de ser governados por edomitas.

É evidente que Herodes sabia disso perfeitamente bem, de modo que perseguiu a igreja a fim de convencer os judeus da sua lealdade à tradições de seus antepassados.  Agora que os gentios haviam sido aceitos abertamente pela igreja, o plano de Herodes parecia ainda mais apropriado para os judeus nacionalistas que não queriam coisa alguma com os ‘pagãos’. Ciente disso, Herodes ordenou a prisão de vários cristãos, dentre eles Tiago (irmão de João), o qual ordenou que fosse decapitado. Assim Tiago tornou-se o primeiro dos apóstolos a ser martirizado. Vamos retroceder um pouco: quando refletimos sobre sua morte à luz de Mateus 20.20-28, ela adquire um significado todo especial! Tiago e João, juntamente com a mãe, haviam pedido tronos, mas o Senhor Jesus deixou claro que não poderia haver glória sem sofrimento e lhes disse: “Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu hei de beber e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado?”, e responderam os dois com ousadia: “Podemos”.

Por certo, não sabiam o que estavam dizendo, mas acabaram descobrindo o alto preço de receber um trono de glória: Tiago foi preso e morto, e João foi exilado na Ilha de Patmos, como prisioneiro de Roma (Apocalipse 1.9). De fato, beberam do cálice e compartilharam do batismo de sofrimento que seu Senhor havia experimentado! Louvado seja Deus!

Se os judeus haviam ficado contentes com a morte de Tiago, ficariam ainda mais satisfeitos com a execução de Pedro! Deus permitiu  que Herodes prendesse Pedro e que o colocasse sob forte vigilância na prisão. Havia dezesseis soldados  para guardá-los, quatro para cada turno, mais dois soldados para guardar a porta, além de outros dois guardas a quem o apóstolo ficava acorrentado. Afinal, da última vez que fora preso, Pedro havia desaparecido misteriosamente da prisão, e Herodes não estava disposto a permitir que isso se repetisse.

Eu lhes pergunto: por que Deus permitiu que Tiago morresse, mas salvou Pedro? É uma boa pergunta. Afinal, ambos eram servos dedicados do Senhor e necessários para a Igreja. A única resposta é a vontade soberana de Deus, justamente aquilo sobre o que Pedro e a igreja haviam orado depois de sua segunda perseguição:

Senhor, tu és o que fizeste o céu, e a terra, e o mar, e tudo o que neles há; que disseste pela boca de Davi, teu servo: Por que bramaram as gentes, e os povos pensaram coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, e os príncipes se ajuntaram à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido. Porque, verdadeiramente, contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer. Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra, enquanto estendes a mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome do teu santo Filho Jesus”. (Atos 24-30).

Herodes estendera sua mão para destruir a igreja, mas Deus estenderia Sua mão para realizar sinais e prodígios, a fim de glorificar o Seu Filho! Deus permitiu que Herodes matasse Tiago, mas o impediu de fazer mal a Pedro. O trono celeste estava no controle, não o governante aqui da Terra.    

É importante observar que a igreja não escolheu um substituto para Tiago, como havia feito no caso de Judas (Atos 1.15-16). Enquanto o evangelho era levado “primeiro aos judeus”, era necessário ter um grupo completo de doze apóstolos para testemunhar às doze tribos de Israel. O apedrejamento de Estêvão encerrou esse testemunho especial a Israel, de modo que o número de testemunho oficial não importava mais. É bom saber que, por mais difíceis que sejam as provações ou por mais decepcionantes que sejam as notícias, Deus ainda está assentado em Seu trono e está no comando e no controle de todas as coisas! Isto é que é Deus! Glorificado seja o Seu Nome para sempre! Provavelmente no primeiro momento nem sempre compreendamos Seus caminhos, mas sabemos que Sua vontade soberana é o que há de melhor! Não se esqueçam disso, jamais meus companheiros, “irmãos de fé e camaradas”!  

Em segundo lugar, nos vv. 5-17, do texto em pauta, descobrimos que Deus ouve as nossas orações! “...e os seus ouvidos, atentos às suas orações...” (I Pedro, 3.12). As palavras “mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele” (v.5) constituem o ponto chave desta história! Não devemos jamais subestimar o poder de uma igreja que ora! Mas de uma igreja que oraenfatizo. Hoje somos muito apressados, queremos tudo ao nosso alcance imediato. Mas para a ação de Deus precisa haver um tempo para que estejamos preparados. O anjo chamou Pedro na prisão, mas foi a oração incessante que foi buscar o anjo! Vocês podem acreditar nisso?

Vamos olhar direito a cena: Pedro dorme (vv.5-6). Eu agora eu lhes pergunto: conseguiríamos dormir a sono solto se estivéssemos acorrentado a dois soldados romanos diante da possibilidade de sermos executados no dia seguinte? Respondam para mim, teríamos? Provavelmente não, mas foi o que Pedro fez. Dormia tão pesadamente que o anjo teve de tocá-lo para que ele despertasse! Não foi o fato de já ter sido preso em outras ocasiões que deu tranquilidade ao coração de Pedro. Essa experiência foi diferente das outras duas. Dessa vez, estava sozinho, e o livramento não veio de imediato. Nas outras ocasiões, a prisão havia ocorrido depois de grandes vitórias, mas, dessa vez veio depois da morte de Tiago, seu querido amigo e companheiro de ministério. Era uma situação inteiramente nova.

Mas o que deu a Pedro tanta confiança e paz? Primeiro, havia muitos cristão orando por ele! “...muitos estavam reunidos e oravam” v.12), continuamente, incessantemente, ao longo de toda a semana, e isso ajudou a lhe dar paz. Paulo nos orienta:  “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4.6-7). A oração é capaz de nos trazer à memória as promessas da Palavra de Deus, como por exemplo: “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança”. (Salmo 4.8) ou “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Isaías 41.10).

Mas o principal motivo da paz que Pedro sentia era consciência de que Herodes não podia matá-lo! Jesus prometera que Pedro viveria até uma idade avançada e, então, seria executado em uma cruz romana de cabeça para baixo. “Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo e andavas por onde querias: mas, quando já fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras. E disse isso significando com que morte havia ele de glorificar a Deus”. (João 21.18-19). Pedro simplesmente se apropriou dessa promessa e entregou a situação toda ao Senhor, e Deus lhe deu paz e descanso! Não sabia como e quando Deus o livraria, mas sabia que o livramento estava a caminho, no tempo de Deus! Vocês têm confiado nas promessas que o Senhor Deus lhes tem feito, em Sua Palavra?

Outra olhadinha na cena: Pedro obedece (vv. 7-11). Pedro só não foi morto porque obedeceu a Deus! Deus não faz nada com alguém ou por alguém dormindo, sem que essa pessoa se desperte, se levante e tome uma atitude! Vemos aqui, mais uma vez, o ministério de anjos (Atos 5.19; 8.26; 10.3,7) e somos lembrados de que eles cuidam dos filhos de Deus. “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Salmo. 34.7). O anjo do Senhor trouxe luz e liberdade à cela da prisão, mas os guardas nem suspeitaram de que estava acontecendo. A fim de ser libertado, Pedro precisou obedecer às ordens do anjo: “Levanta-se depressa” (v7.). E a Palavra diz em ação continua que, quando Pedro se levantou, “caíram-lhe das mãos as cadeias”! (v.7).

Ah, meu companheiro: talvez você esteve querendo deixar o ministério, por achar-se desprestigiado, abandonado, pisado, ofendido, suas forças já estão chegando ao final, portas não se lhe são abertas, igrejas médias e grandes com barreiras enormes, para que você alcance a meta dos seus sonhos, e estão difíceis o seu alcance, e você se encontra alquebrado, quem sabe, decepcionado e triste e queixoso, e tem encontrado e colocado culpa numa série de coisas, que pairam sobre sua cabeça, não é verdade? Deixe de meninice à toa!  Ouça o que o Senhor Deus está lhe dizendo: “Levanta-te depressa”!      

Nossa realização pessoal, meu companheiro, vai sendo incrementada à medida em que vamos entendendo o amor de Deus para conosco e conforme vamos obtendo sabedoria para aplicar os princípios de Sua Palavra à nossa vida diária. Isso traz como resultado, paz interior, vida de propósito e um correto relacionamento com outras pessoas. Saibam todos de uma vez por todas: você, meu querido, é escolhido e ordenado por Deus – você é um homem com um destino e tudo está nas mãos do Senhor! Creia nisso! Aproprie-se desta palavra e a guarde no mais profundo do seu coração e a use no tempo certo!   

Estou abrindo este espaço, no meio da narrativa sobre a libertação de Pedro, para lhe dizer que você deve se levantar, erguer a sua cabeça e acreditar nas promessas de Deus e ser bem mais obediente a Ele! Aprenda a viver o máximo de cada dia, crescer em amor e sabedoria, a encontrar o seu lugar no mundo e na igreja, e chegar a ser tudo o que Deus tem disposto para você! Se aproprie desta palavra, repito.

Nós, humanos, agimos de acordo com o que pensamos. E nisso a psicologia, que é a ciência do comportamento humano, vem reafirmar o que a Palavra de Deus nos diz: “Porque, como (o homem) imagina em sua alma, assim ele é”. Provérbios 23.7). O que pensamos determina em grande parte nossa conduta e nossas atitudes em relação à vida; por isso é muito importante a imagem ou a autoimagem que temos de nós mesmos. A imagem mental ou autoimagem é um conjunto de ideias que se unem para nos dar um quadro ou ideias claras de um objeto, pessoa ou conceito. Ter uma imagem mental correta é ter uma visão das coisas corretamente. As imagens mentais são formada com as informações que adquirimos dos outros.

Por exemplo, se alguns de vocês informarem aos seus amigos mais próximos, que conhecerem o Pastor José Barbosa Neto, ex-padreco chato, extremamente bocudo, que fala pelos cotovelos, e não prestarem informações corretas à respeito de como realmente  sou – aquela pessoa jamais fará uma imagem mental correta de como realmente sou! Concordam comigo? As imagens mentais vão sendo integradas à nossa vida conforme adquirimos conhecimentos e experiências.  A imagem mental pode ser determinada também por nós mesmos, e nossa atitude perante a vida é grandemente influenciada pela imagem que temos de nós mesmos. ISTO É MUITO SÉRIO!

A televisão, um instrumento que bem usado, tem servido até mesmo para o trabalho de evangelização de longo alcance e penetração, por outro lado tem tido um poder satânico para trazer imagens mentais distorcidas, as quais têm até mesmo influenciado grandemente para que muitos irmãos e irmãs, não tenham uma imagem ou autoimagem de si mesmos correta. E muitos têm assim pensando:

a)   Como me vejo e como sou? – aparência física
b)  O que é que tenho? – posses pessoais
c)   O que faço bem feito? – atuação pessoal
d)  Que tão importante sou? – posição social

O Senhor Deus não é capaz do absurdo. Essa ideia de que Deus tudo pode, é falsa e sabem por quê? Porque Deus pode tudo o que não é absurdo! Ele não pode fazer alguém maior do que Ele. Ele não pode abençoar o mau. São as impossibilidades de Deus!

Ouçam o que Paulo nos diz: “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12.1-2). E por que “transformai-vos”?   Porque este é um mundo decaído em relação ao plano piloto de Deus na criação. E também porque por mais que você e eu odiemos a esse mundo, Deus segue amando a este mundo: com todas as suas ambiguidades e contradições, com todos os seus guetos escuros e escabrosos!  

Um pouco mais, nos esqueceremos da história da libertação de Pedro!... Mas voltaremos já para algumas outras análises sobre ela. Mas, enquanto isso, deixe-me lhe fazer algumas perguntinhas, mas só para você, em particular: que imagem você tem de si mesmo? Que pensa a respeito de você mesmo? 
Se você tivesse o poder para mudar algo em você, na sua aparência física, o quê você mudaria? Pense, rapidamente. Saiba, companheiro, que isto é de fundamental importância para a sua aceitação de si mesmo. Acredite nisso!

Ouça o que a Palavra de Deus diz: “Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração” (I Samuel 16.7). E às vezes, procuramos mudar a nós mesmos, mas está escrito: 

Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9).  Saiba de uma coisa: veja o que está escrito no Salmo 139.13-15: “Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra”.  

Agora olhe para mim e ouça o que eu vou lhe dizer: você, companheiro de batalha, foi criado de maneira especial, você é um desenho especial, você é um desenho único, pois você foi feito por Deus, formado por Ele, não pela vontade do homem. Saiba: Deus quis que eu e você fôssemos ASSIM! Não nascemos por acaso, somos criaturas com um destino e Deus havia planejado exatamente como seria nossa aparência mesmo antes de nascermos! Nós somos LINDOS, LINDÕES, PERFEITOS! Vamos lá, olhe-se no espelho, veja que obra perfeita você é,  fisicamente, porque foi o Senhor Deus quem lhe fez ASSIM! Sim, meu amado, você é um desenho único!

Preste agora a devida atenção para o que eu vou lhe dizer: a cor dos seus olhos, a cor e o jeito do seus cabelos, a cor da sua pele, o comprimentos dos seus ossos, o formato do seu rosto e dos seus lábios, do seu corpo, gordinho ou  magrinhos, alto ou baixo, tudo isso estava determinados por Deus! 

Alegre-se na presença Dele! Vibre! Glorifique a Deus! E saiba de uma coisa de uma vez por todas: DEUS NÃO COMETE ERROS! Somos parecidos com o Senhor, somos a Sua imagem e a Sua semelhança, somos Seus filhos e todo filho se parece com seu Pai! Você precisa aprender a agradecer a Deus por ser o que você é, do jeito como você é, do forma como você é, meu valente companheiro!

Não discute com Deus, e nem se sinta da maneira como você tem criada uma autoimagem negativa de você! Você não é uma pessoa qualquer! Você é filho do Rei! Creia nisso! Não queira mudar você mesmo e nem mudar os outros, mas deixe Deus mudar a sua mente, o seu pensar! Como? Paulo lhe orienta: “ E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (II Coríntios 3.18). 

E ele nos diz mais: ”Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4.8).

Deixe Deus mudar você, a sua mente, andando no Espírito, momento a momento, pois está escrito: “Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como nos que se perdem”. (II Coríntios 2.14-15).

Sim, graças a Deus que em Cristo, Ele sempre nos conduz em triunfo; e triunfo é vitória! E nós não somos apenas vitoriosos, vencedores, “porém, somos mais que vencedores por meio daquele que nos amou” (Romanos 8. 37).

Voltemos agora a Pedro. Ele teve uma atitude. Ele se despertou e se levantou depressa. Ficou de pé. E quando ele tomou esta atitude, diz-nos Palavra “caíram-lhe das mãos as cadeias”. O anjo ordenou que Pedro prendesse as vestes no cinto e calçasse as sandálias. Sem dúvida, eram coisa bastante triviais para fazer durante um milagre! Mas Deus, muitas vezes, junta o miraculoso ao trivial para nos incentivar a manter o equilíbrio. 

Somente Deus pode fazer o extraordinário, mas seu povo deve fazer coisas triviais. Jesus ressuscitou Lázaro, mas os homens tiveram de remover a pedra da entrada do túmulo. Deus não faz aquilo que podemos fazer. Ele só faz aquilo que não podemos fazer. Aprenda isso. O mesmo anjo que removeu as correntes das mãos de Pedro poderia ter colocado as sandálias nos pés do apóstolo, mas pediu a Pedro que o fizesse! Deus nunca desperdiça milagres!

Pedro teve que tomar a atitude de despertar-se e de levantar-se antes de caminhar. Trata-se de uma excelente lição sobre humildade, obediência e dependência de Deus! Pedro não precisou sair da prisão pelas portas dos fundos da prisão. Mas ele passou pelas portas da frente, ele passou pelos pesados portões de ferro que se lhe foram abertos pelo poder de Deus! Ele envia socorro aos Seus servos no mento e na horas certas! Não paremos de orar, porque no momento certo Deus vai agir milagrosamente na nossa vida! Deus vai começar a agir, quando você tomar uma atitude na sua vida: desperte-se, levante-se, cinja-se e calce as suas sandálias e caminhe de cabeça erguida e portas lhe serão abertas para a glória do Nome do Senhor! Na verdade, é possível  que, daquela noite em diante, toda vez  que Pedro calçava as sandálias, lembrava o milagre da prisão e era estimulado a crer no Senhor!

Seu livramento ocorreu na época da Páscoa, quando os judeus celebravam o êxodo do Egito. O verbo ‘livrar’ em Atos 12.11, é o mesmo termo que Estevão usou ao falar do êxodo de Isael (Atos 7.34). Pedro experimentou um novo tipo de “êxodo” em resposta às orações do povo de Deus.

Mais uma olhadinha na cena: Pedro bate à porta (vv. Vv. 12-16). Enquanto Pedro seguia o anjo, Deus foi abrindo caminho e, quando o apóstolo ficou livre, o anjo desapareceu. Havia terminado seu trabalho e deixado ao encargo de Pedro crer no Senhor e de usar o bom senso para dar o próximo passo. Uma vez que foram as orações  do povo de Deus que ajudaram Pedro  a ser liberto, o apóstolo decidiu que o lugar mais apropriado para se encaminhar seria a reunião na casa de Maria. Além disso, desejava lhes dar a boa notícia de que Deus havia respondido a suas orações. Pedro veio até a comunidade ali reunida, em oração. Assim, Pedro  se dirigiu à casa de Maria, mãe de João Marcos.

Quando lembramos que: (a) muitas pessoas  estavam orando; (b) oravam com fervor incessantemente; (c) oravam dia e noite por vários dias; e (d) oravam especificamente pela libertação de Pedro, a cena descrita a seguir é quase cômica. A resposta a todas essas orações estava a sua porta, mas não tiveram fé para abri-la e deixar Pedro entrar! Deus conseguiu tirar Pedro da prisão, mas Pedro não conseguiu entrar em uma reunião de oração!

É claro que poderiam ser os soldados de Herodes batendo à porta em busca de mais cristãos para prender. A criada Rode precisou de coragem para atender à porta, mas podemos imaginar qual não foi sua surpresa quando reconheceu a voz de Pedro! Ficou tão feliz que se esqueceu de abrir a porta! O pobre apóstolo teve de continuar batendo e chamando, enquanto os “homens e mulheres de fé” na reunião de oração resolviam o que fazer! Quanto mais tempo Pedro precisava esperar à porta, mais perigo ele corria. 
Quando a criada “correndo para dentro, anunciou que Pedro estava à porta” disseram-lhe “estás fora de ti” e exclamarão: “É o seu anjo”! (Atos 12.13-15).

A pergunta lógica seria: - Por que um anjo se daria o trabalho de bater à porta? Só precisava entrar. Infelizmente, uma teologia correta misturada com uma dose de incredulidade gera medo e confusão! 
Devemos encarar o fato de que, mesmo nas reuniões de oração mais fervorosas, por vezes ainda existe certo espírito de dúvidas e incredulidade. Somos como o pai que clamou a Jesus: “Eu creio, Senhor! Ajuda a minha incredulidade” (Marcos 9.24). Esses cristão de Jerusalém acreditavam que Deus poderia responder a suas orações, de modo que clamaram dia e noite. Mas quando a resposta bateu à sua porta, se recusaram  a crer! Em sua graça, Deus honra até a fé mais fraca, mas poderia fazer muito mais se confiássemos Nele plenamente!

Convém observar que Atos 12.16 emprega o plural: “Pedro persevera em bater e, quando abriram, viram-no, e se espantaram”. Temos a impressão de que, por uma questão de segurança, decidiram abrir a porta juntos e encarar juntos o que estava do outro lado da porta. Rode teria aberto a porta sozinha, mas estava feliz demais. É louvável que uma serva humilde tenha reconhecido a voz de Pedro e de regozijado por ele estar livre. Sem dúvida, Rode cria no Senhor Jesus Cristo e era amada de Pedro.

Finalmente, a última olhadinha na cena: Pedro faz uma declaração (v. 17). Ao que parece, todos começaram a falar ao mesmo tempo e em voz alta, e Pedro teve que pedir silêncio. Relatou rapidamente o milagre de seu livramento e, sem dúvida, agradeceu a todos por suas orações e diz: “Anunciai isto a Tiago e aos irmãos”. Pedro pediu que contassem o que havia acontecido, que testemunhassem isso a Tiago, o meio-irmão de Jesus, líder da congregação de Jerusalém e aos irmãos, a todos!  E diz o final do v.17 “E, saindo, partiu para outro lugar”. 

Ninguém sabe para onde Pedro foi em seguida! Trata-se de um segredo muito bem guardado. Exceto por uma rápida passagem por Atos 15, Pedro sai das páginas do Livro de Atos, para que possam a ser ocupadas por relatos sobre Paulo e seu ministério entre os gentios. De acordo com I Coríntios 9.5, Pedro realizou um ministério itinerante acompanhado da esposa,  e I Coríntios 1.12 dá a entender que visitou a cidade de Corinto.

Não há qualquer evidência nas Sagradas Escrituras de que Pedro tenha fundado a Igreja em Roma (como assim afirma a Igreja Católica Romana). Na verdade, se tivesse sido este o caso, é pouco provável que Paulo tivesse viajado até lá, pois não costumava exercer seu ministério em lugares “onde Cristo já fora anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio (Romanos 15.20). Além disso, ao escrever sua Epístola aos Romanos, Paulo certamente teria dito algo a Pedro ou falado sobre ele, mas Paulo simplesmente silencia... Por quê? (...)

Mas Pedro deixou lições preciosas para a nossa vida, para que aprendamos a tomar atitudes, para que milagres aconteçam nas nossas vidas e portas se nos sejam abertas a partir da nossa obediência, como resposta de nossas orações! Creiamos nisso! E que isso seja realidade em nossas vidas, para a maior glória do Nome do Senhor!

Amém.

Que o Senhor Deus abençoe ricamente a cada um, em Nome de Jesus!

O menor conservo,
Pr. José BARBOSA de Sena NETO

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