Texto
Chave:
"Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes
que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus”. ( I João
5.13)
INTRODUÇÃO:
Caríssimos e amados irmãos
A palavra-chave de I João 5.6-12 é testemunho. Deus
nos deu testemunho de Seu Filho, mas também deu testemunho de seus filhos –
cada um dos cristãos. Sabemos que temos a vida eterna! Além do testemunho do
Espírito dentro de nós, também temos o testemunho da Palavra de Deus: “Estas
coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a
vós outros que credes em o nome do Filho de Deus!” (I João 5.13).
A vida eterna é uma dádiva; não é algo conquistado por esforços
próprios (João 10.27-29; Efésios 2.8-9). Essa dádiva é uma Pessoa: Jesus
Cristo. A vida eterna é recebida não apenas de Cristo, mas também
em Cristo. “Aquele que tem o Filho tem a vida”. (I
João 5.12). Não é apenas “vida”, mas “a vida” – a “verdadeira
vida”. (I Timóteo 6.19). Essa dádiva é recebida pela fé. Deus registrou
oficialmente em sua Palavra que oferece vida eterna aos que creem em Jesus
Cristo. Milhões de cristãos provaram que o registro de Deus é verdadeiro. Não
crer é fazer Deus mentiroso e, se Deus é mentiroso, nada é certo. Deus
deseja que Seus filhos saibam que pertencem a Ele.
João foi inspirado pelo Espírito a escrever e a garantir que “Jesus é
o Cristo, o Filho de Deus” (João 20.31). Escreveu esta epístola para que
tenhamos certeza de que nós somos filhos de Deus (I João 5.13).
Escreveu esta epístola para que tenhamos certeza de que nós
somos filhos de Deus. (I João 5.13).
Poderíamos
citar várias características
ou marcas que identificam um salvo, e a Bíblia nos aponta muitas,
todavia, vamos nos limitar as que
estão mencionadas no Livro de I João.
João depois de fazer uma exposição esclarecedora nos capítulos
anteriores, diz que todas "Estas coisas” foram escritas e
direcionadas aos que creem "no nome do Filho de Deus", com o
objetivo de que possam avaliar a sua vida à luz das mesmas, para que possam
avaliar à luz das verdades contidas em toda carta, se de fato o seu estilo de
vida é a de um salvo.
Quais
são "Estas coisas" que nos
identificam como um salvo à luz das Sagradas Escrituras?
1.
Um salvo anda na luz, assim como Deus na luz está.
"E
esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há
nele trevas nenhuma. Se dissermos que temos comunhão com Ele, e andarmos em
trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como Ele
na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu
Filho, nos purifica de todo o pecado”. (I João 1.5-7).
Ser
transparente, é ter um estilo de vida contínuo
que mostre através das ações e reações sua identificação com Deus. Lembremos
que Mateus no seu evangelho (5.13) diz que somos luz e que ninguém esconde a
luz, pelo contrário, coloca em lugar alto para que possa iluminar toda casa. A
nossa luz deve brilhar de tal forma, ao ponto dos homens que não conhecem a
Cristo, possam ser conduzidos até Ele por meio de nossa luz. João diz: “Se
dissermos que temos comunhão com Ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não
praticamos a verdade”. Só andará na luz os que de fato são salvos, a fé
professada verbalmente tem de ter concordância com o estilo de vida vivido. O
Senhor Jesus disse: "Nem todo o que me diz Senhor, Senhor! entrará no
reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu pai, que está nos céus”.
(Mateus 7.21). Ele ainda diz que os que de fato vão ao céu são aqueles que
praticam a verdade da Palavra.
Eu lhe pergunto: você tem essa marca? É um praticante da
Palavra ou um mero religioso? Seu estilo de vida é
coerente com aquilo que você diz ser? Pregação e prática andam juntos, e se
dizemos ser um salvo, então devemos dar testemunho como um salvo. Se tivermos
essas “marcas de nascença”, poderemos dizer com toda certeza que somos
filhos de Deus.
Ilustração:
Diz a história que no exército de Alexandre, o Grande, existia um soldado tipo nó cego, sem caráter, e que tinha o
mesmo nome do general. Ele se chamava Alexandre. O general Alexandre soube da
conduta desse seu soldado e o chamou a sua presença e lhe disse: "OU
VOCÊ MUDA DE CONDUTA OU TROCA DE NOME".
2.
Um salvo é sensível ao pecado
“Se
dissermos que não temos pecado, enganam-nos a nós mesmos, e não há verdade em
nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos,
fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não este em nós”. (I João
1.8-10).
João
deseja mostrar que nós temos uma natureza pecaminosa e aquele que nega essa
verdade engana-se a si mesmo e não vive a verdade. "Se dissermos que
não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós”.
Todavia, João nos dá uma boa notícia, existe purificação e perdão para os
nossos pecados, por meio da confissão dos mesmos. "Se confessarmos os
nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos
purificar de toda a injustiça”.
João
está querendo dizer o seguinte: não há o que
negar, temos uma natureza pecaminosa que gosta de praticar coisas erradas que
ofendem a santidade de Deus, e negar este fato é loucura. É
necessário, todavia, que tenhamos uma sensibilidade para detectar o pecado
em nossas vidas, e confessá-lo ao Senhor, e, em
fazendo assim, teremos a purificação das nossas vidas e o perdão dos
pecados. Não tem como um salvo viver de braços dados com o pecado, tratando-o
como se fosse um pecado de estimação. O nosso relacionamento com o
pecado nos afasta da presença do Senhor. O profeta Isaías nos diz: "Eis
que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu
ouvido agravado, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem
divisão entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de
vós, para que não vos ouça." (Isaías 59.1-2).
João
diz que Cristo se manifestou para tirar os nossos pecados e que todo aquele que
está Nele ou permanece nele não vive tendo prazer
numa vida pecaminosa. "Qualquer que comete pecado, também comete
iniquidade; porque o pecado é iniquidade. E bem sabeis que Ele se manifestou
para tirar os nossos pecados; e Nele não há pecado. Qualquer que permanece nele
não peca (aoristo: “não vive continuamente pecando”); qualquer que peca não O
viu nem O conheceu”. (I João 3.4-6).
O
pecado não faz mas parte da natureza do salvo, a sua natureza agora é santa,
por essa razão não pode se envolver com a lama do pecado. "Quem
comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o
Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo. Qualquer
que é nascido de Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e
não pode viver pecando, porque é nascido de Deus”. (I João 3.8-9).
3.
O salvo ama os seus irmãos.
"Aquele
que diz que está na luz, e aborrece a seu irmão, até agora está em trevas.
Aquele que ama a seu irmão está na luz, e nele não há escândalo. Mas aquele que
aborrece a seu irmão está em trevas, e não sabe para onde deva ir; porque as
trevas lhe cegaram os olhos." (I João 2. 9-10).
João
gasta quase três capítulos (2.3.4) inteiros para centralizar essa verdade na
mente dos que se dizem salvos, com o fim de avaliar a que nível está a vida de cada um e para que não corram o risco de
estar enganados. João mostra no capítulo 3 que o amor aos irmãos é uma marca
inquestionável de um salvo. "Nisto são manifestos os filhos de
Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não prática a justiça, e não ama a seu
irmão, não é de Deus. Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio:
que nos amemos uns aos outros. Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu
irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão
justas. Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo vos odeia. Nós sabemos que
passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu
irmão permanece na morte. Qualquer que aborrece a seu irmão é homicida. E vós
sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanente nele." (I João
3. 10-15)
Lamentável
quando vemos em nosso meio, e nos choca mais ainda, quando vemos no meio
de nós, pastores, atitudes de ódio, inveja e rivalidade entre os colegas de
ministério! Como um representante da verdade e exemplo do rebanho, um ministro
da Palavra pode viver com malquerença e rivalidade com os seus colegas e ter a
coragem de subir no púlpito para pregar a Palavra da verdade do Evangelho e, ainda por cima, pregar sobre amor e ter a
coragem olhar nos olhos das pessoas que o ouvem? Será que não queima ou
incomoda a nossa consciência? O que achamos disso?... Muitos de nós, pastores,
precisamos nos converter, verdadeiramente falando!...
Jesus
disse que não recebe a oferta de alguém que estar de malquerença com o seu
irmão. "Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares
de que teu irmão tem alguma coisa contra a ti, deixa ali diante do altar a tua
oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta
a tua oferta". (Mateus 5.23-24). Oferta no contexto é a entrega das
finanças, mas que pode ser aplicado a todo o serviço que nós, os pastores, realizamos.
Antes de fazer as coisas para o Senhor precisamos verificar se existe alguma
pendência entre mim e o meu colega, entre mim e as ovelhas, etc.
João diz que o homicida, o assassino, não tem parte no reino de
Deus. “Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que
todo assassino não tem a vida eterna permanente em si” (I João 3.36). Matar
um colega de ministério no nosso coração, por exemplo, acontece quando por
orgulho, dureza do coração, e decidimos nos afastar dele, exclui-lo do nosso
convívio, e isso caracteriza um homicídio. Porque à semelhança de Cristo,
devemos dar a nossa vida pelos nossos irmãos. "Conhecemos o amor nisto: que ele
deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos." (I João
3.16). O meu amor para com o meu irmão deve ser
vivido na prática, e não somente nas palavras. "Meus filhinhos, não
amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade." (I João
3.18). Dizer que ama o irmão e não querer ter comunhão com ele é certo? O que
os amados acham disso? Foi esse o tipo de amor bíblico ensinado por Jesus?
Não!...
Jesus
nos ensinou a amar nossos inimigos e orar pelos que nos persegue, ora, se eu
devo amar os meus inimigos quanto mais os meus irmãos! Deus é a essência do
amor, quem tem o amor de Deus ama seus irmãos. "Amados, amemo-nos uns
aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e
conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.
Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros."
(I João 4.7-8;11).
Quero
lhe fazer uma pergunta em direção ao seu coração: Você ama a Deus? O seu amor a
Deus é manifesto através de seu amor pelos irmãos. "Ninguém jamais viu
a Deus; se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeito o
seu amor. Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do
seu Espírito."(I João 4. 12-13). Quem de fato ama a Deus também ama
aos seus irmãos. Se você diz conhecer a Deus, e diz andar com Ele, mas
odeia a seu irmão, você é um mentiroso, um perdido. "Se alguém diz: Eu
amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao
qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento:
que quem ama a Deus, ame também a seu irmão." (I João 4.20-21).
Ilustração:
No terceiro século Roma era implacável com os crentes, eles eram mortos, presos
e muitos levados como escravos para trabalhar nas
pedreiras. Quando um deles era preso, os demais iam até a cadeia para levar
alimento e água e quando chegavam na cadeia eram presos, sob a alegação
de serem iguais. O que fazia eles tomarem uma decisão dessas,
de demonstrar tamanho amor? Era a verdade de Deus imprimidas em suas mentes e
corações e que era vivida em sua essência! Eles entendiam que visitar os
presos, os doentes e ser um igual aos demais, era o mesmo que estar servindo a
Cristo. "E quando o Filho do homem vier em sua glória, e
todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E
todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o
pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os
bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde,
benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a
fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e
destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e
vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então
os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te
demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos
estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo,
ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos
digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”.
(Mateus 25.31-40)
4.
O salvo não tem prazer nas coisas do mundo.
João
mostra uma outra marca essencial para que possamos identificar um salvo. "Não
ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não
está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o
mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece
para sempre”.(I João 2.15-17).
Nesse
texto encontramos três razões por que não devemos amar o mundo:
1)
Porque é uma ordem de Deus: "não ameis o mundo..." se não tivesse
nenhuma outra razão essa já era suficiente. Pois demonstramos o nosso amor a
Deus obedecendo seus mandamentos. "Se me amais, guardareis os meus
mandamentos. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me
ama”.(João 14.15,21a). A grande recompensa para quem obedece ao Senhor é
ter o amor do Pai e a manifestação de Sua presença. "e aquele que me
ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele."
(João 14.21b). Quem ama o mundo não tem o amor do Pai, pois está em desobediência ao Senhor.
2)
Porque as coisas do mundo é de procedência maligna. O mundo é
conduzido pelo diabo, ele é o príncipe da potestade do ar, é ele quem dar as
cartas, dita as regras do mundo. A Bíblia diz que o salvo antes de ter sido
alcançado pela graça salvadora, vivia sobre as orientações do diabo, mas, agora
salvo, vive sob as orientações do Senhor. "E vos vivificou, estando vós
mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste
mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos
filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos
desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos
por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo
em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos
em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois
salvos)”. (Efésios 2.1-5). O mundo não faz mais parte da nossa nova
natureza.
3)
Porque as coisas do mundo são passageiras. "E o mundo passa.."
A ideia é de que Deus está empurrando o mundo para implantar o seu reino. Os
prazeres que o mundo oferece são transitórios, passageiros. Não vale apenas
desfrutá-los, são de pouca duração. Mas o que faz a vontade de Deus, este permanece para sempre!
Somos alertados a não nos conformarmos com esse mundo ou
século, mas antes, devemos transformar as nossas mentes por meio da Palavra,
para que possamos desfrutar “da boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.
(Romanos 12.1-2).
CONCLUSÃO:
Ao
examinarmos estas marcas, pode você dizer que todas
elas fazem parte de seu viver? Você tem manifestado essas características em
seu viver diário? Só você sabe responder... Se não as tem, você tem um sério
problema a resolver, você é apenas um mero religioso, perdido, necessitado de
salvação, da graça e Deus! Portanto, arrepende-te agora e já de seus
pecados e clama pela misericórdia de Deus, para que Ele possa te atende em
tempo oportuno.
Se você vive essas características em sua vida, parabéns meu amado
e minha amada, e busque mais e mais do Senhor, para que Ele possa
lhe dar graça sobre graça para que através de Sua vida, muitos possam se
achegar a Ele.
Levante-se e venha aqui a frente, no altar do Senhor, que eu quero
orar agora com você e por você. E, depois, louvemos ao Senhor!...
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