domingo, 23 de setembro de 2012

HUMILHAÇÃO E EXALTAÇÃO DE JESUS



                                        Pr. José Barbosa de Sena Neto
                                     pastorbarbosaneto@yahoo.com.br



A manifestação da graça na vida cristã liga-se a um Cristo que se humilhou. Um Cristo humilde que, tendo a forma de Deus, deixa-a para Se humilhar até à morte e morte de cruz. O meio dessa união entre os santos, e o meio para a manifestação e permanência desse amor, está na identificação com Cristo. Foi esta humildade que tão perfeitamente se manifestou em Cristo, em contraste com o primeiro homem Adão. Este tinha procurado torna-se semelhante a Deus por usurpação e elevar-se em detrimento de Deus, sendo ao mesmo tempo desobediente até a morte. (Gênesis 2.16-17; 3.6-7).

O Senhor Jesus, quando em forma de Deus, aniquilou-Se, por amor, de toda a Sua glória, da forma de Deus, e tomou a forma de homem, e em forma de homem se humilhou. Como Deus, humilhou-Se até a morte e morte de cruz (Filipenses 2.8). Que perfeito amor, que gloriosa verdade, que preciosa obediência!  Um Homem, pelo justo julgamento de Deus e pelo Seu ato foi elevado à direita do trono da majestade divina! Em Cristo, temos a plena manifestação do amor de Deus aos homens (Hebreus 1.1-3).

O Senhor Jesus revelou Deus para nós de maneira plena. Se quisermos saber como Deus é, basta olharmos para o Senhor Jesus. Deus é amor e nós vemos esse amor em Jesus Cristo. Em Cristo vemos Deus plenamente, e não há outra maneira de conhecer a Deus, senão no conhecimento que encontramos na pessoa de Jesus Cristo.

Que maravilhosa verdade é a pessoa de Cristo! Que sublime verdade é esta descida e esta ascensão pela qual Ele enche todas as coisas como Redentor e Senhor da glória! Deus descido em amor; o Homem assunto ao céu segundo a justiça! Agora, Ele que foi digno, em toda eternidade, quanto à Sua pessoa, de estar assim à direita de Deus, é, como Homem, elevado por Deus a Sua direita! Todos os conhecimentos encontram-se em Cristo, todas as sabedorias residem Nele, tudo está Nele! “Porque aprouve a Deus que, nele, residisse toda a plenitude” (Colossenses 1.17-20).

Se olharmos para a criação, Ele é o primogênito; se olharmos para a nova criação, Ele é o princípio; se olharmos para a Igreja, Ele é o cabeça; se olharmos para o universo, Ele é o Senhor. O pleno conhecimento da vontade de Deus é simplesmente Cristo.  A justiça de Deus foi plenamente satisfeita. Os nossos corações podem tomar parte, alegres, na glória do Senhor, alegres por também ali terem parte pela graça do Senhor. Só Deus podia esvaziar-se de Sua glória em favor de criaturas caídas. Tudo por amor! Que extraordinário amor!

Mas é Nele, em Cristo, que o apóstolo Paulo pensa, não em nós, frutos dessa humilhação. Paulo se alegre no pensamento da exaltação de Cristo. Deus O elevou soberanamente e Lhe deu um nome que está acima de todo o nome, de sorte que todo o ser nos céus e na terra, e mesmo todo o ser infernal deve dobrar os joelhos diante deste Homem exaltado por Deus, e toda a língua deve confessar que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai! (Filipenses 2.9-11). 

Deus ressuscitou o Senhor Jesus dentre os mortos e Lhe deu a glória e um lugar acima de todas as coisas, lugar de que Ele era, sem dúvida, pessoalmente digno, mas que recebe e devia receber das mãos de Deus, que O estabeleceu como Senhor sobre todas as coisas. Unindo-Se à Igreja como sendo o Seu corpo, e ressuscitando os membros desse corpo da sua morte em pecados pelo mesmo poder que ressuscitou e exaltou o Cabeça, vivificando-os juntamente com Cristo e fazendo-os assentar nos lugares celestiais Nele, pelo mesmo poder que O exaltou. Assim a Igreja, o Seu corpo, é a Sua plenitude.  

O apóstolo Paulo pede aos crentes de Éfeso para que eles conheçam o poder, já manifestado, que tinha já operado a fim de que eles tivessem parte nesta bendita e gloriosa posição. Porque do mesmo modo como eles eram introduzidos pela soberana graça de Deus na posição de Cristo perante Deus, Seu Pai, assim também a obra que foi operada em Cristo, e o desenvolvimento do poder de Deus que teve lugar elevando-O desde o túmulo até à direita de Deus Pai, acima de todo o nome que se nomeia, são a expressão e o modelo da ação desse mesmo poder que opera em nós que cremos. E este poder nos eleva do nosso estado de morte no pecado, para nos fazer tomar parte na glória desse mesmo Cristo. Que abençoada humilhação! Que gloriosa exaltação!    

Nenhum comentário: