domingo, 23 de setembro de 2012

MARAVILHOSA GRAÇA!...




                                     Pr. José Barbosa de Sena Neto
 

     Nascemos neste mundo algemados pelo pecado, mortos para Deus e filhos espirituais do diabo. Estas são palavras fortes, no entanto, retratam a mais pura realidade do ser humano.  Não podemos brincar com este assunto. A natureza que herdamos do nosso primeiro pai, Adão, é totalmente avessa a Deus (João 8.34; Efésios 4.18; João 8.44a).

   Toda a predisposição do homem é em direção às trevas. De modo espontâneo, amamos o engano e não precisamos nos esforçar para andarmos nos desejos de nossa carne. Somos conduzidos pela natureza adâmica  e de modo natural nos inclinamos aos apelos do nosso coração caído (Jeremias 13.23).

   Muitos se gloriam e se satisfazem em sua própria justiça. Pensam que por terem uma conduta aprovada pelos homens serão aceitos por Deus. Ledo engano! A Bíblia não admite este tipo de conclusão (Isaías 64.6). Observemos que não são os nossos pecados que são "trapos de imundície", e sim, "as nossas justiças". Verdadeiramente a queda no Éden trouxe a ruína espiritual para toda a humanidade. Todas as ações realizadas pelo homem, por mais dignas que possam ser, estão maculadas pelo pecado.

   Diante deste fato, constitui-se num engano terrível alguém pensar que as suas obras de justiça, seu comportamento, sua religiosidade ou moralidade lhes servem como uma espécie de garantia de salvação. Qualquer tentativa do homem em buscar a salvação por meio de seus próprios méritos é absurda, ofensiva, inaceitável e abominação diante de Deus. Vejamos o que as Escrituras nos dizem: (Efésios 2.9; Romanos 11.6; Filipenses 3.4-8).

   Alcança grande bênção aquele que ganha a revelação de sua completa pecaminosidade. No entanto, aquele que pensa que tem em suas mãos o destino de sua vida, é o mais miserável de todos os homens. Pobre daquele que acha que precisa fazer a sua parte como: boas obras, caridade, ritos religiosos, para que possa ser salvo. Louco é o homem que não dá a devida atenção à questão mais importante da existência humana: a regeneração em Cristo Jesus!

   Ser salvo pela graça significa dizer: nasci em iniquidade e mereço o inferno, contudo, fui alcançado pela bendita misericórdia divina; merecia a condenação, mas ganhei a justificação; o lago de fogo e enxofre era o lugar para onde eu deveria ir, porém, o Senhor Deus me reservou o céu como herança! Louvado seja Deus!

   A graça repousa apenas naqueles que chegaram ao fim de si mesmos, ou seja, nos falidos. É incrível, mas muitos pensam que pelos seus muitos pecados estão privados da graça de Deus. Isto é contradição! No conceito humano, pecado e graça estão em extremos opostos. Pensam que a graça vem somente onde não há pecado. Porém, é exatamente o contrário!

   A nossa miséria é condição básica para recebermos a graça!  O pecado é um dos maiores enganos do homem, mas o seu maior engano é pensar que o pecado impede o homem de receber a graça! (Romanos 5.20) Não são os nossos pecados que impedem a ação da graça em nós, mas a nossa soberba. Somos tremendamente limitados para compreendermos este tão santo e puro atributo divino, que é a soberana graça.

   É dito que o caminho para o céu não atravessa uma ponte de pedágio, e, sim, uma ponte livre,  a saber, a graça não merecida de Deus, em Cristo Jesus. A graça opera independentemente dos valores humanos. Ela reside unicamente na soberana vontade de Deus. A graça divina recusa-se a ser ajudada naquilo que ela tem de fazer. Portanto, nada há que possa derrotá-la, e uma vez dada, age eficazmente.

     O reinado da graça está baseado na justiça do Filho de Deus (Romanos 5.21b). A graça de Deus está fundamentada na obediência perfeita e meritória de Jesus Cristo. Sendo a graça o que é, a mensagem da cruz torna-se a única esperança para o pecador afundado no brejo do pecado. A salvação do perdido está ligada diretamente ao sacrifício realizado por Jesus Cristo naquela cruz (Tito 3.4-7).

   Cristo em sua morte, carregou a culpa do nosso pecado. O Senhor do universo, pendurado naquele rude madeiro, derramou todo o seu sangue e, desta forma, nos outorgou tão grande salvação (Romanos 3.24-25a). Somente a graça tem o poder miraculoso de trocar a nossa velha natureza por uma complemente nova, transformada (II Timóteo 2.11).  

   Nada podemos fazer, em nada podemos colaborar, a não ser nos render a esta maravilhosa graça! A porta de acesso para a salvação do pecador tem um único nome: GRAÇA!  A graça anuncia que não precisamos fazer nada para sermos salvos. Ela não exige, mas doa. A graça não requer que sejamos fortes, mas fracos. A graça reina triunfante. Somente pela graça, o homem pode ser salvo! Graça! Quão maravilhosa graça! Louvado seja Deus!

Graça! Quão maravilhosa graça,
Como o firmamento, é sem fim!
É maravilhosa. É tão grandiosa,
É suficiente para mim.
É maior que a minha vida inútil
É maior que o meu pecado vil
O nome de Jesus engrandecei e glória dai!

Nenhum comentário: