quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

DIA DA BIBLIA

Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra e, luz para o meu caminho”.  Salmo 119.105

 
INTRODUÇÃO:

 
Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no Livro de Orações Comum do Rei Eduardo VI.

O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado.

No Brasil a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários evangélicos que aqui vieram semear a Palavra de Deus.

Durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos evangélicos era muito restrita, o que impedia que se manifestassem publicamente. Por volta de 1880, esta situação foi se modificando e o movimento evangélico, juntamente com o Dia da Bíblia, se popularizando. 

Pouco a pouco, as diversas denominações evangélicas institucionalizaram a tradição do Dia da Bíblia, que ganhou ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em junho de 1948. Em dezembro desse mesmo ano, houve uma das primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, em São Paulo, no Monumento do Ipiranga.

E, graças ao trabalho de divulgação das Sagradas Escrituras, desempenhado pela entidade, o Dia da Bíblia passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de toda a semana que antecede a data. Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, graças à Lei Federal Nº 10.335 que instituiu “O Dia da Bíblia”, a ser celebrado no segundo domingo do mês de dezembro de cada ano, em todo o território nacional. Esta Lei foi assinada pelo então Senhor Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, em 19 de dezembro de 2001, 180º anos da Independência e 113º anos da República. 

Hoje, as celebrações se intensificaram e diversificaram. Realização de cultos em praças públicas, nos templos, carreatas, shows, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia Sagrada e distribuição maciça das Sagradas Escrituras, são algumas das formas que os cristãos encontraram de agradecer a Deus por esse alimento para a vida.

Mas, o que se percebe hoje, o Dia da Bíblia não é mais levado tão a sério! Poucas são as atividades levadas a praça pública, com nossos cânticos tradicionais, com corais e conjuntos se apresentando, culminando com a  proclamação da Palavra de Deus, e com todo o povo de Deus reunido empunhando suas bíblias... A desunião é notória!... Os conselhos de pastores existentes espalhados pelo país afora, não conseguem mais levar o povo de Deus, em grande massa, com faixas e cartazes enaltecendo a Bíblia Sagrada, o que muito lamentamos!... E vivemos num país democrático e onde há liberdade!... Uma tristeza!

Mas, o que representa ou deveria representar a Bíblia Sagrada por nós, povo de Deus?

1 – A Bíblia Sagrada – nosso livro por excelência.

É ela a base para tudo o que cremos, ensinamos e praticamos. É a nossa bússola; é o nosso roteiro; é o nosso tesouro.

A Bíblia Sagrada contém a revelação de Deus, a revelação de seu plano de salvação dos pecadores, e de seus propósitos em relação aos homens. Essa revelação Deus a fez por etapas. Na Carta aos Hebreus, cap. 1, versículo 1, lemos: “Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muita maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho...”.  Por este texto percebemos duas fases distintas da revelação de Deus: a fase da revelação feita pelos profetas, e a fase da revelação feita na pessoa de Seu Filho Jesus.

Velho Testamento conta a história da criação do mundo por Deus, o aparecimento do pecado, a degeneração da raça humana, o dilúvio, o repovoamento da terra, a chamada de Abraão, a formação de um povo especial e a história desse povo, o registro dos ensinos dos grandes servos de Deus que foram os profetas, e a preparação do mundo para a vinda de Jesus.

O Novo Testamento registra a história de Jesus, contando como Ele veio ao mundo, narrando seu ministério, sua morte e sua ressurreição e ascensão. Além disso, registra a história do início e o desenvolvimento da obra missionária, registra as cartas escritas pelos apóstolos às igrejas primitivas, finalizando com o registro das visões reveladoras que Deus concedeu ao apóstolo João, o vidente de Patmos.   

Os incrédulos que não querem aceitar a Bíblia Sagrada como sendo a Palavra de Deus afirmam que ela foi escrita por homens. Insinuam, com isso, que a Bíblia Sagrada é um livro como outro qualquer. É verdade que a Bíblia foi escrita por homens, mas não por homens comuns e ímpios. Mas a Escritura “nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (II Pedro 1.21). Destarte, os homens escolhidos por Deus não foram os autores da Bíblia Sagarada, mas sim instrumentos do verdadeiro Autor, que é o próprio Deus.

Ela contém a mente do Deus Todo-Poderoso, mostra a condição do homem, aponta-lhe o caminho da salvação, descreve a condenação dos pecadores, e mostra a felicidade dos cristãos. Suas doutrinas são santas, justos são os seus preceitos, suas histórias verdadeiras e suas decisões imutáveis. Ô louvado seja Deus!

2 – A Bíblia é sobrenatural.

A Bíblia Sagrada é a um Livro sobrenatural. Do modo mais absoluto, ela é a mensagem de Deus ao homem. “A Bíblia é a Palavra de Deus, de tal forma que, quando ela fala, Deus fala”. Não é o tipo de livro que o homem escreveria se pudesse escrever, pois o condena; mas também não é o tipo de livro que o homem escreveria, se quisesse escrevê-lo, pois o ultrapassa. A Bíblia Sagrada evidencia em sua própria natureza uma tão infinita medida de coerência, poder e excelência que se autentica a si mesma. Ela tem em si a inimitável marca de seu divino Autor. Jesus Cristo é o tema central. Nosso bem é o seu intento e a glória de Deus a sua finalidade.

3 – A Bíblia Sagrada é soberana.

Ao lermos o Novo Testamento, descobrimos que não foi a Igreja, mas os apóstolos comissionados por Cristo que deram, em primeiro lugar, a Palavra falada e, depois, a escrita. A Igreja não confere autoridade apostólica e profética sobre os homens, mas, pelo contrário, a Igreja é constituída “sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina” (Efésios 2.20), aos quais os oráculos de Deus foram “revelados pelo Espírito Santo aos seus santos apóstolos e profetas” (Efésios 3.5).

Às Escrituras Sagradas Deus conferiu a Sua soberana e transcendente autoridade, como o Salmista observou: “...pois magnificaste acima de tudo  o teu nome e a tua palavra”, (Salmo 138.2). Estudiosos estimam que cerca de 40 homens ao todo foram usados por Deus para este projeto, num  espaço de 1.500 anos. A Bíblia Sagrada diz por que ela existe; ela existe para ser eterna: “a palavra do nosso Deus permanece eternamente” (Isaías 40.8); ela existe para produzir resultados eficazes: “assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a designei”  (Isaías 55.11); ela existe para encher toda a terra: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações”  (Mateus 24.14);  ela existe para produzir a fé nos corações “Estes, porém, foram registrado para que creiais que Jesus é o Cristo o Filho de Deus, e para que, crendo tenhais vida em seu nome”  (João 20.31). A Bíblia Sagrada é uma mina de riqueza, um como paraíso cheio de glória e um rio caudaloso de prazer. 

Finalmente, a Palavra de Deus perpetua-se na vida dos crentes, com a realização de mais bênçãos espirituais em cada geração que se sucede. Ela é nos dada em vida, e será aberta no dia do julgamento final. Ela nunca envelhece! A Bíblia Sagrada está sempre na moda, fresca como o orvalho da manhã e sem interrupção ela permanece tanto agora como para sempre. Ela envolve a mais alta responsabilidade, recompensará o mais árduo labor e condenará a todos quantos menosprezam o seu conteúdo sagrado. Cada promessa divina está plenamente garantida pela própria fidelidade imutável de Deus. Ela é o mapa do viajante, o cajado do peregrino, a bússola do piloto, a espada do soldado e o guia fiel do cristão. Por ela o paraíso é restaurado, os céus abertos e as portas do inferno descobertas.  Está escrito: “...nem uma só palavra falhou de todas as suas boas promessas” (I Reis 8.56b).

O Senhor Jesus disse: “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (João 5.24). E Jesus diz mais: “Se vós permanecerdes na mina palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” João 8.31-32). 

Meus amados: não deixemos que o Dia da Bíblia passe sem festivas comemorações! Pregue na sua igreja, leve o povo da sua igreja, em massa, para vias públicas, para que Palavra de Deus seja homenageada e proclamada a fim de que todos ouçam a sua mensagem!

Nosso rogo é que estas palavras encontrem guarida em cada coração que esta palavra teve alcance. Amém!

Pr. Barbosa Neto

Fortaleza – CE.

Um comentário:

Junior Melo disse...

SErvo do Deus ALtissimo, paz seja Contigo!

Qual localidade o irmão prega e se prega em Fortaleza?

O nosso barco, JEsus jamais deixa naufragar.

JR mELo
Servo de DEus , Assembleias de Deus