Há dias eu disse para vocês, meus amados, que viria aqui e me
sentaria ao seu lado, para tentar rabiscar alguns pensamentos que eu tenho
sobre a tão propalada “igreja evangélica brasileira” independente de
todas as suas cores denominacionais. Fiquei um pouco adoentado e adiei a
oportunidade. Mas hoje estou aqui. Vamos conversar.
E mesmo não andando bem de saúde, como outrora, tendo estado até
internado, recentemente, para cuidados especiais - mesmo assim, não posso fazer
corpo mole, senão vou pra cama e ficarei todo entrevado, e eu hein, tenho hoje
procurado rabiscar algo bem pensado, bem analisado, em companhia da minha já
tão rabiscada e anotada velha Bíblia sempre aberta ao meu lado, e com
muito cuidado, diante de Deus, pretendo dar a minha opinião, procurando
não ser o “dono da verdade”, para não ser novamente chamado de “chato”
por alguns, como já disseram que eu sou em alto grau – e eu concordei com essa
analise sincera de alguns em número, gênero e grau! – e aqui estou tão-somente
para fazer os demais companheiros pensarem juntamente comigo, sobre um assunto tão controvertido, e que
depois de escrito, pretendo postar em todos os nossos grupos que tenho acesso
ou naqueles que deixam que eu tenha acesso.
Vejam, estou com a minha Bíblia aberta, em II Timóteo 3.1-7, 14-15
e II Timóteo 4.2-5 e I Timóteo 6.11. Tenham toda a paciência possível comigo,
mas eu preciso transcrever todos estes textos acima mencionados, para não dar
trabalho a vocês de irem procurar em suas Bíblias:
“Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos
difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes,
blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados,
implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, amigos
dos prazeres que amigos de Deus., tendo forma de piedade, negando-lhe
entretanto, o poder. Fogo também deles. Pois entre estes se encontram os que
penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas
sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, que aprendem sempre e
jamais podem chegar ao conhecimento da verdade... Tu, porém, permanece naquilo
que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem aprendeste e que,
desde a infância, sabes as sagradas letras, que podem tornar-te sábio para a
salvação pela fé em Cristo Jesus... prega a palavra, insta, quer seja oportuno,
quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina. Pois
haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão
de mestres segundo suas próprias cobiças, como que sentindo coceiras nos
ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se ás fábulas. Tu,
porém, sê sóbrio em todas as coisas, suporta as aflições, faze o trabalho de um
evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério... Tu, porém, ó homem de Deus,
foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a
constância, a mansidão”.
Creio que eu ou estou ficando quase muito velho demais ou sou
mesmo muito quadrado, ultrapassado demais e vocês necessitam ter uma
paciência exagerada para comigo, pois Paulo diz: “suportai-vos uns aos
outros...” (Colossenses 3.13), e ele também diz: “suportando-vos uns aos
outros em amor”! (Efésios 4.2), por isso eu desejo que vocês me
ajudem a descrever o quatro que se encontra pintado por aí afora, para que eu
não faça uma análise estrábica e embaciada. Ajudem-me!
Enquanto cuidava das necessidades de seu rebanho, Timóteo também
deveria cuidar de si mesmo. E Paulo o orienta: “Tem cuidado de ti mesmo”
(I Timóteo 4.16). As palavras: “Tu, porém” indicam um contraste
entre Timóteo e os falsos mestres. Eram homens do mundo, enquanto Timóteo era
um “homem de Deus”. Esta era a grande diferença!
Paulo manda Timóteo fugir: “foge destas coisas” (I Timóteo
6.11). “Homem como eu fugiria?”, perguntou Neemias (Neemias 6.11).
Mas, em outras ocasiões, fugir aqui é sinal de sabedoria e um meio de
alcançar a vitória. José fugiu quando foi tentado pela esposa do seu senhor
(Gêneses 39.12), e Davi fugiu quando o rei Saul tentou matá-lo (I Samuel
19.10). O verbo “fugir” que Paulo usa aqui não se refere ao ato literal
de correr, mas sim ao ato de Timóteo separar-se dos pecados dos falsos
mestres. Trata-se uma repetição da admoestação em II Timóteo 3.5: “Foge também
destes”.
Hoje o que não falta no “mercado” é falsos mestres. Eles
trombam entre si. Parece-me, não comparando mal, eles estão ali na nossa
esquina, olhando para nós, rindo de nós e para nós. Não satisfeitos, eles vem
para a porta da nossa casa ou na porta da Casa do Senhor e, se nos descuidarmos
e não vigiarmos, eles entrarão e sentarão ao nosso lado, e quem sabe, tentarão
passar a perna em nós e começarão a querer nos ensinar e a querer ensinar ao
nosso povo. Então hoje todo cuidado é pouco. Precisamos dormir com um olho
fechado e outro aberto, bem aberto! Repito: todo o cuidado é ainda pouco!
Não queiram saber como estou temeroso em não ter ainda aprendido a
amaciar os meus rabiscos, nem adocicar a escrita como gostaria, e como muitos
sugeriram para não ser cada vez mais chato, mas para os comerciantes
do templo o melhor instrumento ainda continua sendo o tradicional azorrague
com firmeza, como assim fez o Senhor Jesus!...
Hoje temos pastores e ‘pastores’ para todos os
naipes, para todas as cores e para todos os gostos. O termo “pastor” para
alguns ficou hoje muito pobre quase vazio, deselegante e passaram a usar
o termo ‘bispo’, por ser mais chique e imponente, mesmo sem se
importarem sobre o seu verdadeiro significado. E depois de certo tempo, não
mais satisfeitos, fizeram um ajuntamento de ansiosos por novidades e
sempre em busca de modismos, e se intitularam de ‘apóstolo’. Ora
vejam só. Isso ficou muito mais chique! Mas também não ficaram satisfeitos e a
invencione tresloucada já tem chegado a ‘pai-apóstolo’, e eu não
duvidaria jamais que a recreação estapafúrdia de alguns, quem sabe, deixaria
muitos a ficar satisfeitíssimos, se dentro de pouco tempo não pensassem em usar
o termo honorífico de ’vice-deus’. Você duvida?! Não duvide, porque tudo
é possível entre os estranhos moradores desse mundo de meu Deus!
Aqui para nós, o elemento que se intitula ‘apóstolo’, de
duas uma: ou ele é ignorante ou ele é mal intencionado. Parto do pressuposto de
que a maioria dos que se dizem ‘apóstolos’ não sabe, de fato, o
significado desse termo e não entenda que esse ministério é um ministério que
não existe mais, até porque, na minha pálida perspectiva, apóstolo, no que
tange à revelação, é aquele que teve condições de ver o Senhor Jesus, de andar
com Ele, e a condição de ter algumas revelações que se transformaram em livros
aos quais nós consideramos canônicos. Esses entre nós não os temos mais.
Eles cessaram.
Eu acredito que nós temos apóstolos numa outra perspectiva,
indivíduos missionais que foram chamados para plantar igrejas em lugares onde
nunca se teve absolutamente nada. O grande problema é que os ‘apóstolos’
modernos, os de hoje NUNCA saíram de sua cidade, nem do seu gabinete
climatizado, e nem do seu trono majestoso, e nunca plantaram absolutamente
nada, principalmente igreja nos termos bíblicos!
Tem vocação apenas para ‘mandar’. São os novos ‘coronéis
da fé’! São ágeis em tiram ovelhas displicentes dos apriscos dos
outros, são mentores de outras igrejas, e agora arranjaram um termo exótico, um
substantivo adjetivado de ‘cobertura espiritual’, e se consideram
os ‘donos da verdade’. E sua palavra é quase similar a Palavra de Deus:
o ‘apóstolo’ falou, está falado e vira ‘escritura sagrada’ e não
pode ser a sua palavra contestada... Quem pode manda; quem tem juízo e é
subserviente, obedece. E ponto. É uma imitação grosseira do assim-chamado ‘magistério’
da Igreja de Roma. Da mesma forma como o assim-chamado “movimento de
renovação carismática católica-romano” é uma imitação grosseira e herética
(I Coríntios 10.19-20) diametralmente oposta aos pentecostais clássicos,
históricos que, em minha opinião são crentes sinceros, embora com
algumas de suas posições teológicas defeituosas. Defeito não é heresia.
Tenham paciência comigo e sejam um poucochinho mais generosos para
comigo, no entanto eu faço uma distinção entre pentecostais clássicos,
os históricos com os que se dizem ‘pentecostais’, os quais para
mim, são destrambelhados, aqueles que surgem na calada da noite, e por falta do
que melhor fazer, criam suas ‘igrejas’ estapafúrdias, com nomes mais
estapafúrdios ainda e hilários, como botecos que surgem bem ali e que são
montadas de qualquer maneira na primeira esquina. Acontece que, por causa do
nosso preconceito doentio, misturamos alhos com bugalhos! Ou não?!...
Li certa vez no livro “Crise Evangélica” Editora Raízes, do
notável jovem Pr. Luiz Tarquínio Pontes Neto, líder da PIB de Pato Branco-PR,
que “a conversa que o Senhor Jesus teve com Pedro é impossível de ser
esquecida! Talvez tenha sido a lição mais importante que ministrou ao apóstolo.
Por três vezes, perguntou: “Simão, filho de João, tu me amas? Apascenta
os meus cordeiros... pastoreia as minhas ovelhas...”, apascenta
as minhas ovelhas... (João 21. 15-17). Cristo desejava ensinar a Pedro
por meio deste interrogatório que não havia nada mais importante do que o bem
estar dos seus discípulos. Toda esta paciente conversa com o apóstolo tinha uma
lição central, ministrada homeopaticamente por Jesus”.
E Luiz Tarquínio continua: “Trocando em miúdos, Jesus queria
dizer o seguinte: Pedro, se você realmente me ama, se realmente deseja
me servir, se quer encher meu coração de alegria, dando regozijo a minha alma,
então, filho, cuide daquilo que é mais precioso para mim, tome conta do que me
é mais caro, daquilo que Eu mais amo. Cuide, Pedro, das minhas ovelhas, dos
meus cordeiros, assim como eu cuidei de você”! Que mensagem, que
lição!
Os ‘coronéis da fé’ são os ditadores do Evangelho,
aqueles que tratam os filhos de Deus como pessoas que lhes servem com instrumento
de satisfação pessoal. Hoje, vemos a multiplicação significativa de pessoas
que acreditam que sejam donas das outras.
Dentro desta perspectiva, a pessoa não pode fazer absolutamente
nada sem a autorização do ‘pastor ungido’, do ‘bispo ungido’, do
‘apóstolo ungido’ ou do ‘pai-apóstolo ungido’, seja quem for.
Eles se acham ‘donos’ das coisas espirituais, donos de quem quer que
seja. Partem do pressuposto de que, como são donos de herética ‘cobertura
espiritual’, quando alguém ousa divergir deles, eles se arvoram e dizem que
aquele insubordinado está ‘tocando no ungido do Senhor’ e
se tocar no ‘ungido do Senhor’, aquela pessoa vai experimentar
maldição. Meu Deus!... Eles decretam isso e lançam medo, pavor e, como
muitas pessoas têm mestrado e doutorado em ignorância bíblica, por não ler e
não ter intimidade com a Palavra de Deus ficam apavoradas e se tornam
subservientes ou ‘vaquinhas-de-presépio” a esses “coronéis da fé”...
Esses “coronéis da fé” trocem a Palavra de Deus a
seu bel-prazer. Das vezes que o termo “tocar no ungido do Senhor” foi
usado no Velho Testamento, estava apontando efetivamente para aqueles que
tentavam matar uma pessoa, tirar a vida de um servo de Deus, como por exemplo,
o caso de Saul (I Samuel 26.9). Isso significa tocar no ungido do Senhor e
jamais discordar de uma ideia. O problema é que esses “coronéis da fé”
acham que suas palavras são irrefutáveis, são inquestionáveis e o povão
biblicamente analfabeto, acredita...
O neopentecostalismo é uma praga que assola o nosso país, igual ou
mais terrível que o catolicismo romano. No neopentecostalismo, a Escritura
Sagrada é interpretada a partir de alegorias. Seus ensinamentos são resultado
de uma hermenêutica inteiramente deficiente. Sendo assim, os textos das
Sagradas Escrituras são por eles distorcidos propositadamente, a fim de tentar
validar os ensinamentos do tal herético movimento, e essas distorções são
gritantes, as quais eliminam quaisquer possibilidades de o neopentecostalismo
apresentar uma mensagem essencialmente bíblica, é o engano praticado através do
sagrado. É heresia pura! Por isso eles não podem jamais ser comparados aos
pentecostais clássicos, se nós formos juntos em nosso julgamento e
análise. Eles não podem ser considerados evangélicos, mas uma seita
perigosa, diabólica, a qual precisa ser combatida.
Outra heresia que percorre o Brasil e é aceita por muitos, é a tal
“maldição hereditária”, defendida pelo tal neopentecostalismo. A
Bíblia Sagrada nos ensina: “...conhecereis a verdade, e a verdade vos
libertará... Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres...”
(João 8. 32,35). Se tivermos aceitado em nossa vida o sacrifício de Jesus, Ele
verdadeiramente nos libertou das trevas e Deus mesmo nos transportou para o
reino do Filho do seu amor (Colossenses 1.13). Paulo afirma: “Agora, pois,
já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8.1).
O versículo não diz “nenhum erro”, “nenhum fracasso” e, nem
mesmo, “nenhum pecado”. Os cristãos caem, cometem erros e pecam. Abraão
mentiu sobre a esposa. Davi cometeu adultério. Pedro tentou matar um homem com
sua espada. Por certo, esses homens sofreram as consequências de seus pecados,
mas não sofreram a condenação!
“Agora” é adverbio de tempo e “agora, pois” é
conjunção conclusiva e deixa claro que “já nenhuma condenação há”, uma
verdade extraordinária e a conclusão de uma argumentação primorosa. A base para
essa certeza maravilhosa é a expressão “em Cristo”.
Em Adão, fomos condenados, mas em Cristo não há mais
condenação nenhuma! E Paulo diz mais: “Assim que, se alguém está em Cristo,
nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”
(II Coríntios 5.17). Este é o aspecto positivo de nossa identidade com Cristo:
não apenas morremos com Ele, mas também fomos ressuscitados com Ele para que
pudéssemos andar “em novidade de vida” (Romanos 6.4). Uma vez que
morremos com Cristo, vencemos o pecado e, uma vez que vivemos com Cristo,
podemos dar frutos para a glória de Deus (Romanos 7.4).
A cruz de Cristo foi suficiente para cancelar todo tipo de dívida
que existia contra nós (Colossenses 2.14). Eu não preciso mais quebrar maldição
hereditária nenhuma, eu não preciso voltar ao passado, eu não preciso
reconhecer nada. Eu preciso somente confessar os meus pecados ao Senhor que me
livra de todo o mal. Alguém disse com grande propriedade que “Cristo morreu
pelos nossos pecados para que pudéssemos viver a viva Dele para Ele”. Por
que, então, pensar em “maldição hereditária”? Isso é heresia, sem
qualificativo!
Apesar do suposto crescimento numérico dos evangélicos no Brasil,
parta da Igreja brasileira, independente de suas cores denominacionais,
encontra-se enferma, o que nitidamente se percebe mediante aquilo que tem sido
pregado em muitos púlpitos. Em nome de uma espiritualidade equivocada, pastores
têm proclamado as mentiras da confissão positiva, as da assim-chamada “teologia
da prosperidade” e do movimento gospel.
Não existe nenhuma relação entre a obra redentora de Cristo com a
“teologia da prosperidade”. O fato de o Senhor salvar o pecador não
concede a este o direito de prosperidade ou enriquecimento. Se assim fosse,
todos os cristãos de todos os tempos e de todas as nações deveriam enriquecer o
que não acontece.
As consequências deste tipo de evangelho tem sido as piores
possíveis, proporcionando, com isso, um falso entendimento por parte de muitos
sobre o que, de fato, seja o Evangelho. O verdadeiro conhecimento de Deus está
na Bíblia Sagrada e não nas invencionices dos homens. A Bíblia Sagrada é o
escudo que nos protege do erro. Em tempos difíceis como o nosso, precisamos
regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e
comportamento.
A pregação da Palavra precisa ser mais valorizada em nossos cultos.
Deve haver mais espaço para a proclamação da Palavra de Deus. Temos,
ultimamente, dado bem mais espaço para o louvor, não que o louvor não tenha o
seu espaço, mas devido a grande ênfase dada à musica em nossas igrejas,
abandonamos a centralidade da pregação, a proclamação da Palavra é prioridade.
Resgatar a Escola Bíblica Dominical. O ensino da Palavra é primordial, a igreja
local precisa estudar mais as Sagradas Escrituras, conhecer mais as Escrituras,
ter familiaridade e intimidade com as Escrituras Sagradas, e fazer delas a sua
única e exclusiva regra de fé. Devemos valorizar os cultos de ensino e levar a
igreja local ao desejo de conhecer a Palavra de Deus e o Deus da Palavra. Isto
é de fundamental importância!
O surgimento das assim-chamadas “igrejas neopentecostais”
acabou trazendo complicações seriíssimas para a Igreja brasileira, independente
de suas cores denominacionais. Precisamos pregar a essência da Palavra de Deus
e o amor pelas almas perdidas. E os prejuízos que o ensino espúrio da chamada “teologia
da prosperidade” tem trazido para o Evangelho genuíno é espantoso.
Essa “teologia” é espúria, é antibíblica, não tem
fundamentos teológicos saudáveis. Deus não chamou os homens para serem ricos ou
todos ricos. Eu acredito até que uma pessoa possa experimentar a possibilidade
de ser rico. A prosperidade está para além da riqueza, para além de grana no
bolso ou na conta bancária. Prosperidade aponta para uma série de fatores que
faz o indivíduo viver a vida de forma saudável, bíblica e próspera. Por
exemplo, ter uma família bem estruturada, relacionamentos saudáveis entre pais
e filhos e um convívio conjugal altamente exemplar, equilibrado, faz toda a
diferença. Lamentável, mas muitos pastores por aí afora, não tem uma vida
conjugal exemplar... os filhos que o digam...
Acredito que o neopentecostalismo anda desesperado, há uma
invencionice que tem ultrapassado o bom senso, vejamos as últimas reportagens,
os absurdos e as mentiras que seus lideres propagam para angariar dinheiro. Até
agressões inexistentes, fantasmagóricas, espantosas, mentirosas. O cúmulo
do absurdo. Por causa disso, o neopentecostalismo – visão minha – está entrando
num processo de declínio automaticamente vertiginoso, pelo fato de que ele não consegue
responder às demandas e aos dramas das pessoas através das suas ações confusas
e mentirosas. Boas partes dos neopentecostais se transformaram em desigrejados,
estão feridos na batalha e deixados no meio d estrada, e que podem
transformar-se em agnósticos.
Qual a esperança da chamada Igreja evangélica brasileira? Voltar
às Sagradas Escrituras, pregar o Evangelho genuíno, a Palavra da
verdade do Evangelho. Sem isso, fracasso total...
Se quisermos conhecer quantos, os milhares que se encontram decepcionados
com estas ações ditatoriais, leiam: “Feridos Em Nome de Deus” de Marília
de Camargo César (Editora Mundo Cristão) e “O Que Estão Fazendo Com A Igreja”
de Augustus Nicodemus (Editora Mundo Cristão) e “Crise Evangélica” obra
acima já citado dentre outras. Vocês irão ficar chocados!
Por último queremos falar sobre a música gospel. Hoje são canções
antropocêntricas, de pensamento positivo, canções puramente ‘comerciais’,
algumas cantadas e divulgadas por cantores de vida duvidosa e de péssimo ou nenhum
testemunho, e é exatamente isso que vem sendo cantado por aí afora em nossas
igrejas! Será que estou sendo “chato” ao comentar sobre isso? Analisemos
e pensemos sobre isso com o carinho devido e muita responsabilidade perante o
Deus que servirmos!...
Qual a diferença da verdadeira adoração para o movimento gospel
aderida por várias igrejas? Basicamente uma: o louvor entoado pelo movimento
gospel é ensimesmado, focado no nome e extremamente antropocêntrico,
onde no final das contas o que importa é a satisfação do “freguês”.
E a galera gosta!... E corre para o abraço!... É só dançar, dançar e dançar...
O povo judeu era um povo que dançava e se alegrava diante de Deus. Porém, ao
que nos parece, vivemos em outro contexto geográfico e cultural. Um louvor bíblico
visa à glória de Deus, tem Cristo no centro e não busca seus próprios
interesses, nem exalta as suas conquistas pessoais e nem exige os seus ‘direitos’
e nem anda determinando as propaladas “bênçãos do Senhor”, sem
nenhum compromisso sincero com o Senhor das bênçãos!
Para finalizar mesmo, dou espaço para o Luiz Tarquínio o qual diz:
“No sistema eclesiástico atual, não faltam estrelas brilhantes e
deslumbrantes. A carência é de ministros. Há muito cacique para pouco
índio. Vivemos na era dos pastores “super stars”, do show gospel, das megas
igrejas, no tempo dos ministérios. Ministérios misteriosos, pelo menos para mim
que não tenho “entendimento profético”... O líder não pode
desafinar de sua vocação profética, não pode se escusar de tal chamado, não
pode ter responsabilidade em agradar ouvintes. Essa talvez seja uma de suas
maiores tentações. E os novos profetas, no afã de encher a (sua) igreja, vão
condescendendo com o que é mau, com o que não é cristão, pregando não aquilo
que Jesus mandou, mas o que os inflamados egos de suas plateias requerem,
ordenam, pedem, exigem. Líderes ansiosos por conquistar almas, não para Deus,
mas para si próprios, disfarçadamente...
E ele diz mais: “Numa época de tantos caciques, procura-se
desesperadamente por índios operosos. Mas a onda da liderança tem feito os
operários desaparecerem, todos se transformaram em grandes gestores, importantes
pregadores, (mas) péssimos pastores”.
Pensemos muito sobre o que acima foi dito e peça a orientação de
Deus para sua vida, meu querido irmão, amigo e companheiro!
Um grande abraço!
Pr. Barbosa Neto
Fortaleza - CE