segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

MAIS UM NOVO ANO!....

Pr. José Barbosa de Sena Neto



Estamos iniciando mais um Novo Ano e crescem as nossas esperanças! Mas, antes de mais anda, é o momento de esquecermos “das coisas que trás ficam, e avançando para as que estão diante” de nós – parafraseando o apóstolo Paulo (Fp 3.13).

É hora de pensarmos em que tipo de Deus temos crido, qual a Sua dimensão em nossas vidas, pois esta análise fará com que nós possamos enfrentar mais um ano com seus altos e baixos, como todos os seus acidentes ‘geográficos’, pois nós somos filhos de um Deus Todo-Poderoso, daquele de quem é a prata e o ouro e, como Seus filhos, devemos avençar confiando do Senhor El-Shadday, pois “para Deus nada é impossível” ( Lc 1.37), e tenhamos confiança que “as coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus” ( Lc 18.27).

Muitos de nós adentramos o Novo Ano como Abraão ao sair de Ur dos caldeus “sem saber para aonde ia” ( Hb. 11.8). Mas Abraão conhecia Aquele para quem o futuro é tão claro como o Sol ao meio dia. Eis a diferença!. Será que nós conhecemos o Senhor Deus assim como Abraão O conhecia? Abraão tinha algo melhor que um mapa ou bússola. Ele possuía um guia cuja sabedoria não falha, cujo poder não é igualado e cujo amor nunca esgota!

Ninguém poderá, realmente, enfrentar com tranqüilidade as dificuldades da vida que se nos apresentam diante de nós, dia após dia, se não tivermos uma fé inabalável num Deus Todo-Poderoso, sempre presente, constantemente pertinho de nós!

A apreensões que estamos nós vivendo hoje, agora, à semelhança de algumas pessoas que vivem sem fé e sem segurança, é que ainda não experimentaram vivenciar um Deus suficientemente grande, para que sejam mais que vencedoras em suas necessidades, carências e dificuldades.

Muitos de nós temos em nossa mente raquítica a imagem de Deus como a de um juiz ou de um policial celeste, distante, apático, distraído, sempre lá em cima. A maioria das pessoas acreditam em Deus, mas é como um patrão ausente, desinteressado, distante, e essa distância que acreditamos existir nos faz com que pensemos erroneamente que Deus pouco ou quase nada nos conhece, que não tem conhecimento de nossas agruras e problemas, que não se importa conosco, com nossas lutas, e muitas das vezes, diante deste quadro nosso, de profundo desânimo espiritual, fazemos dEle pouco caso, não depositamos nossa confiança em um Deus Todo-Poderoso, que conosco está “o Senhor, nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas guerras” ( II Cr. 32.8). Para muitos, Deus tem sido um conjunto desse condicionamento e não um Deus cheio de amor, de bondade e de misericórdia! Ah, Senhor, como somos esquisitos!...

Poucos sentem-se coerentemente bem acerca de si mesmos. Vezes há que temos passado por épocas de inseguranças e de dúvidas, épocas em que temos falta de auto-estima. A ansiedade é conhecida de todos. Já tivemos períodos de desânimo, de desapontamentos e sentimentos de depressão. Já tivemos lembranças tristes que assombram nossas noites insones e temos tido sonhos não realizados que nos magoam.

Quem ainda não sentiu a solidão que pouco tem que ver com a ausência de pessoas ao nosso redor? Precisamos de amor, pregamos o amor, mas persistimos em fazer coisas não amáveis a outrem, mesmo àqueles que pertencem a nossa mesma Fé e Ordem, mas que não vamos muito bem com a sua maneira peculiar de ser...

Ouvimos as notícias na televisão ou lemos nos jornais diários e as revistas semanais, e nos decepcionamos com os políticos nos quais tanto confiamos, assim como ficamos chocados com religiosos de péssimos comportamento moral, e assim ficamos decepcionados, chocados e ruborizados, porque não temos a mesma sensibilidade de percepção do Senhor Jesus que “a todos conhecia” e “bem sabia o que havia no homem” (João 2.24-25). E nos decepcionamos assim, desta forma, porque pouco ou quase nada temos lido e meditado na Bíblia, a Palavra de Deus, a qual nos adverte, em várias passagens, que estamos adentrando o final dos últimos dias!

Passamos por tudo isso porque aceitamos ou convivemos, por nossa livre recreação, com um deus que fabricamos em nossas mentes, um deus insignificante, um deus que não nos fala, e temos preferido muito mais ouvirmos a ‘voz do homem’ que a voz do Senhor, a voz do Deus Todo-Poderoso, inserida em Sua inerrante Palavra – a Bíblia Sagrada.

O que nós precisamos, é de um novo Deus, do Deus das Sagradas Escrituras, do Deus de Abraão, do Deus de Isaque, do Deus de Jacó, confiança em um Deus “em quem não há mudança nem sombra de variação” ( Tg. 1.17).

Mas pouco adianta saber que o Senhor é um Deus Todo-Poderoso, enquanto não O conhecermos pessoalmente! Através dos anos da história, o povo hebreu conheceu Yahweh e, contudo, não confiou nEle nem O amou de todo o coração! Ainda lutaram com o fracasso, com o temor e a frustração. É por isso que o Deus Todo-Poderoso teve de entrar na História e habitar entre nós: Jesus Cristo, o Emanuel, o Deus conosco! ( Mt. 1.23). Por isso Ele disse: “Antes que Abraão existisse, EU SOU” (João 8.58).

Jesus Cristo não é outro senão o próprio Yahweh, o Verbo que “estava com Deus”, “e o Verbo era Deus” (João 1.1), a expressão eterna e definitiva de Deus. Ele, como a expressão máximo do amor de Deus para conosco, vem a você e a mim, nos substitui na Cruz, por amor, a fim de nos resgatar dos nossos pecados. É deste Deus que precisamos, o qual “nos tirou do poder das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” (Col. 1.13). Precisamos deste Jesus Cristo, que “é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13.8), o mesmo que disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” ( João 10.10). Feliz Ano Novo!

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