sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

A MÁSCARA DO ECUMENISMO CAIU...

* Pr. José Barbosa de Sena Neto
pastorbarbosaneto@yahoo.com.br


Este movimento começou no século XIX, entre os protestantes liberais. O Papa João XXIII (1958-1963) afirmou que um dos seus objetivos seria o ecumenismo com as igrejas protestantes, e nos anos 1962/1963, em pleno andamento do Concílio Vaticano II, ele propôs que aquele conclave fizesse uma profunda revisão de sua postura, mas diametralmente oposta ao ecumenismo protestante como estava até então sendo praticado, no entanto, favorável ao unionismo das Igrejas Cristãs sob “o báculo de Pedro”.

Está mais do que claro que o objetivo do ecumenismo é tentar a qualquer custo barrar o crescimento das igrejas evangélicas, destacando este alvo direcionado às igrejas pentecostais e, agora por último, contra o assustador crescimento das assim chamadas ‘igrejas neo-pentecostais’. Com este propósito, nas últimas décadas, a Igreja de Roma tem aparentemente favorecido em alguns de seus setores o avanço do movimento ecumenista, com medo deste quadro existente.

Não se enganem e nem se deixem ser enganados, mas o Catolicismo Romano tem agido durante 16/17 séculos escravizando, corrompendo, enganando e destruindo as pessoas que se atravessam no seu caminho e atrapalham os seus objetivos. O Catolicismo Romano se faz passar pela verdadeira Igreja fundada e estabelecida por Cristo, mas a história registra que ela teve sua fundação por Constantino, o Grande, no século IV da era cristã, quando se tornou um poder temporal através da falsa “Doação de Constantino”, de Roma e da Itália Central, quando a Igreja atravessou um dos mais negros períodos de sua história.

Aos ingênuos defensores do ecumenismo tenho a afirmar que a Igreja Católica Romana não mudou e não mudará nunca jamais, mas está silenciosamente preparando uma conspiração de âmbito mundial, a fim de se apossar do mundo inteiro, desde que perdeu o controle total da humanidade, a partir do século XVI, quando a Reforma Protestante trouxe a luz da infalível Palavra de Deus aos que precisavam e ainda precisam conhecer a liberdade que existe no Evangelho de Jesus (João 8.32).

Muita gente julga que o Index foi extinto depois do Concílio Vaticano II, porém a verdade é que tudo o que foi dogmatizado no Concílio de Trento (século XVI) ainda continua em pleno vigor nessa igreja, sob o disfarce do ecumenismo, inclusive o dogma de que todos os hereges (agora “irmãos separados”) devem ser sumariamente liquidados, pois assim foi escrito e continua em pleno vigor: “Os católicos romanos não têm apenas o direito, mas também o dever de matar todos os hereges... Excomungamos e anematizamos toda heresia que se levanta contra a santa fé católica, condenando todos os hereges conhecidos como tal, qualquer que seja o seu nome. Pois embora os seus rostos sejam diferentes, todos são coniventes entre si. Assim como são condenados, devem ser entregues nas mãos dos poderes seculares existentes, a fim de que receberem o merecido castigo”.

Leiam o que escreveu Avro Manhattan, jornalista e escritor, que nasceu na Inglaterra, em 1914, e que foi um dos homens mais destemidos deste século, o qual enfrentou o Catolicismo Romano de frente, escrevendo mais de 20 livros analisando as entranhas da Igreja de Roma, sendo o mais conhecido “O Vaticano na Política Mundial”: “O movimento ecumênico embora aparentemente fascinante, tem se demonstrado apenas como um outro “cavalo de Tróia”, através do qual o poder católico, disfarçado em trajes contemporâneos, continua a provar que a Igreja Católica Romana está mais ativa do que nunca. Os exemplos chocantes do terrorismo católico contemporâneo, ocorrido em Malta e no Vietnã, muitos dos quais tiveram lugar durante o reinado do “bondoso” Papa João XXIII e, também, sob o pontificado do Papa Paulo VI, não precisam de elucidações. Elas são as provas mais condenatórias de sua alegada liberalização, fraternidade e atualização, basicamente não mudou sequer um til”. Pensem sobre estas palavras...

Nunca devemos nos esquecer do que a História registrou. Nos idos de 1792, um pastor protestante foi condenado à morte, na França. Por quê? Porque era simplesmente protestante! Por quem? Pela Igreja de Roma, a “santa madre Igreja”!! Sim, pela mesma Igreja que agora finge amar os seus queridos “irmãos separados”!

De fato, a tortura ainda estava vigorando em todos os tribunais da chamada “Santa Inquisição”, quando o papa de então foi forçado a abolir a mesma, em 1816. Foi Napoleão, ao entrar em Madri em 1808, quem aboliu a Inquisição. Quando o parlamento espanhol, em 1813, declarou-a incompatível com a Constituição, o Vaticano protestou. O supercatólico rei Frederico VIII a restaurou em 1814, com o aval de Roma, mas foi suprimida, finalmente, em julho de 1834. O Vaticano protestou porque estava convencido, como no passado, de que tinha o direito de impor a sua verdade. Os apologistas da Igreja de Roma asseguram ao mundo contemporâneo que os horrores da Inquisição jamais se repetirá. Mas o Estado católico da Croácia provou que eles estavam mentindo! O golpe tentado na Hungria, quando o Vaticano tentou estabelecer um Estado católico totalitário, provou que estavam mentindo! O terrorismo católico no Vietnã provou que estavam mentindo! O terrorismo católico, na Irlanda católica, tem provado que estavam mentindo!

O fato de a Igreja de Roma desposar tão repentinamente o ecumenismo foi e é um método enganoso de fazer o povo de o mundo inteiro esquecer que o seu espírito básico de intolerância ainda permanece dentro dela. Devemos nos lembrar de que, se a Inquisição foi abolida, e contra a vontade dela, somente em séculos recentes, o “Santo Ofício”, seu inspirador e instrumento, foi “abolido” somente há alguns anos... Na realidade, o “Santo Ofício” ainda está operando a todo vapor, disfarçado sob o nome falacioso de “Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé” dentro das paredes silenciosas do Vaticano até os dias de hoje, cujo seu prefeito por longos anos foi o todo-poderoso cardeal alemão Joseph Ratzinger, o qual no reinado do falecido João Paulo II, foi sempre o homem-forte da cúria romana, hoje Papa Bento XVI. Não se esqueçam disto jamais!

Foi este então cardeal que escreveu e assinou o documento “Dominus Iesus”- Senhor Jesus – há mais de quatro anos, com a devida chancela do já decrépito e recém falecido João Paulo II, o qual a mídia o retratou como “o cúmulo do desprezo pelos demais cristãos”, cujo este documento veio tirar a verdadeira máscara do ecumenismo praticado pela Igreja de Roma. Gostaria de contemplar o rosto dos baluartes do ecumenismo! Pois naquele documento, a assim chamada “santa madre Igreja” se diz “a única detentora do caminho que leva à salvação” e diz com todas as letras, que grupos como protestantes e ortodoxos sequer devem ser chamados de ‘cristãos’!

Finalmente, não vamos nos enganar com o ecumenismo! O conhecidíssimo teólogo católico beneditino, dom Estevão Bittencourt, um dos mais respeitados pensadores católicos do Brasil de nossos dias, declarou em seu recente livro publicado (“Igreja Católica, denominações cristãs e correntes religiosas”) que “a Igreja de Cristo compreende todas as denominações, mas só subsiste plenamente na Igreja Católica Apostólica Romana. As denominações não-católicas estão em comunhão imperfeita com a Igreja de Cristo. O Espírito Santo fará com que descubram o caminho de volta à comunhão integral”, isto é, o caminho da subserviência do báculo papal! Os evangélicos ingênuos, têm sido enganados com o tolo pensamento de que a Igreja de Roma mudou para melhor e agora ama todos os “irmãos separados”, mas ledo engano! Roma não muda! Roma locuta, causa finita!


* pastor abtista, foi sacerdote católico romano durante 22 anos consecutivos e é autor do livro “Confissões Surpreendentes de um ex-Padre”, conferencista.

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